As empresas do setor químico Braskem e Unipar Carbocloro confirmaram nesta sexta-feira (8) que estão negociando ativos, um dia após notícias da mídia sobre o tema, que foram negadas por executivos.
A Braskem afirmou que iniciou conversas com a Unipar sobre potenciais oportunidades envolvendo venda de ativos ou participações societárias da companhia e de suas subsidiárias, enquanto a Unipar afirmou que um acordo de confidencialidade com a rival foi assinado em julho.
Nenhuma das empresas citou os ativos sendo avaliados, embora as notícias da véspera tenham citado operações da Braskem nos EUA.
O jornal Valor Econômico citou nesta sexta-feira (8) que a Braskem “tenta incluir polo petroquímico de São Paulo” nas conversas com a potencial compradora.
As ações da Braskem avançavam 6,91% por volta de 12h40, na ponta positiva do Ibovespa. A Unipar, que não está no índice, saltava 9,14%.
A Braskem é controlada pela Novonor (antiga Odebrecht) e pela Petrobras.
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Na véspera, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicou que a Braskem estava negociando a venda dos seus ativos nos EUA para a Unipar.
A empresa Braskem
Em teleconferência com analistas para comentar os resultados do segundo trimestre, também na quinta-feira (7), o presidente-executivo da Braskem, Roberto Ramos, afirmou após a publicação do O Globo que os ativos da companhia nos EUA são parte integral da estratégia de transformação da companhia para melhoria de sua rentabilidade.
Na ocasião, o diretor financeiro da Braskem, Felipe Jens, mencionou que a Braskem segue focada em seu plano de transformação que envolve a troca de consumo de nafta de petróleo por gás como matéria-prima e aposta maior na produção de químicos “verdes”, derivados de fontes renováveis como a cana-de-açúcar e milho.
A Braskem produz plástico “verde” no sul do país e nos EUA, a empresa possui laboratórios que apoiam a transformação da companhia.
Na região metropolitana de São Paulo, a Braskem tem quatro unidades, sendo duas de químicos, uma de polietileno e uma de polipropileno. O polo do ABC paulista foi alvo de uma CPI da Câmara Municipal de São Paulo em 2023, devido a acusações envolvendo emissão de poluentes.
A Unipar afirma ser líder na produção de cloro e soda e segundo maior produtor de PVC da América do Sul, com fábricas na região metropolitana de São Paulo e no litoral do Estado e na Bahia.
