Ligação entre presidentes

Lula e Putin discutem cooperação no Brics em telefonema

Os estadistas reforçaram a intenção de organizar a próxima edição da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia ainda este ano

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante jantar oferecido pelo Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin.
Grande Palácio do Kremlin.
(Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante jantar oferecido pelo Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin. Grande Palácio do Kremlin. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um telefonema do presidente da Rússia, Vladimir Putin neste sábado (9). Os estadistas trataram sobre cooperação entre os dois países no BRICS, do conflito na Ucrânia e do cenário político e econômico internacional, informou o Palácio do Planalto em nota.

Durante a ligação que durou cerca de 40 minutos, os estadistas reforçaram a intenção de organizar a próxima edição da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia ainda este ano. Além disso, Putin parabenizou o Brasil pelos resultados da Cúpula do BRICS realizada, nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro.

O presidente da Rússia também compartilhou informações a respeito de suas discussões em curso com os EUA e os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia.

Vladimir Putin agradeceu o empenho e interesse do Brasil nesse tema. Lula enfatizou que o Brasil sempre apoiou o diálogo e a busca de uma solução pacífica e reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz, lançado por iniciativa de Brasil e China.

Aposta no BRICS é lenta e deixa exportadores sob pressão do tarifaço

O aumento das barreiras comerciais impostas pelos EUA estabeleceu um novo nível de complexidade para as empresas brasileiras inseridas no comércio exterior. O cenário atual é marcado por tarifas mais elevadas, desestruturação de cadeias produtivas e elevação contínua dos custos operacionais, o que impõe uma pressão significativa sobre a sustentabilidade e competitividade das exportações nacionais.

Diante desse contexto desafiador, torna-se evidente a urgência de diversificação dos mercados de destino, especialmente para mitigar os riscos associados à dependência de grandes economias que adotam políticas protecionistas.

Nesse ambiente volátil, a reaproximação do presidente Lula com lideranças internacionais do BRICS tem se destacado como uma estratégia de médio e longo prazo para reposicionar o Brasil dentro do bloco das economias emergentes.