A vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, afirmou neste sábado (9) que os dados fracos sobre o emprego ressaltam suas preocupações com a fragilidade do mercado de trabalho e reforçam a confiança em sua própria previsão de que três cortes nas taxas de juros provavelmente serão apropriados este ano, disse o Money Times
Michelle Bowman e o diretor Christopher Waller e votaram contra a decisão de manter inalterada a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, preferindo reduzi-la em 0,25 ponto percentual, a maior dissidência dentro do comitê desde 1993. Executiva também defende três cortes na taxa ainda em 2025
Apesar do tom de cautela adotado pela maior parte dos membros do Fed, nos últimos dias, vários deles parecem ter se aproximado do apoio aos cortes.
“Agir na reunião da semana passada teria protegido proativamente contra o risco de uma erosão ainda maior nas condições do mercado de trabalho e um enfraquecimento ainda maior da atividade econômica”, disse Bowman em comentários preparados para serem entregues à Associação de Banqueiros do Kansas.
Os EUA criaram 73 mil vagas de emprego em julho, segundo o último relatório payroll Departamento do Trabalho do país. O número ficou bem abaixo da expectativa do mercado, que projetava a abertura de 101 mil postos. A taxa de desemprego subiu para 4,2%, com 7,2 milhões de pessoas desempregadas no país no fim do mês.
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“Isso está bem abaixo do ritmo moderado observado no início do ano, provavelmente devido a um abrandamento significativo na demanda por mão de obra”, declarou Bowman.
“Meu Resumo de Projeções Econômicas inclui três cortes para este ano, o que tem sido consistente com minha previsão desde dezembro passado, e os dados mais recentes do mercado de trabalho reforçam minha opinião.”
O Fed ainda tem três reuniões de política monetária programadas para este ano, em setembro, outubro e dezembro.
O apoio total de Bowman aos cortes nas taxas de juros ocorre em um momento em que Trump continua a pressionar o Fed a adotar uma política monetária mais frouxa. O mandato de Jerome Powell se encerra em maio de 2026.
