
A Chilli Beans decidiu acabar com o uso do dólar nas negociações com a China e passou a pagar os fornecedores chineses em renminbi, disse Caito Maia, fundador e CEO da empresa.
“De forma alguma é uma estratégia pontual. Queremos continuar mantendo esta prática. A ideia é que o uso do dólar não volte nunca mais”, afirmou Maia ao podcast De Frente com o CEO. Informações via Brasil 247.
De acordo com o empresário a adaptação à divisa da China acarretou em ganhos significativos, especialmente no câmbio, fortalecendo a competitividade da Chilli Beans no mercado global.
Ele explicou que o movimento foi impulsionado pela guerra comercial entre EUA e China, intensificada em maio deste ano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu uma ordem executiva em que estende a suspensão das novas tarifas norte-americanas sobre produtos da China por mais 90 dias, disse a Casa Branca à CNBC na tarde desta segunda-feira (11).
“A ideia é que o uso do dólar não volte nunca mais e que façamos todas as transições diretamente com a China: em termos de moeda, compra, comércio, tudo”, reforçou o CEO.
A relação entre Chilli Beans e China não é nova, explicou Caito Maia.
“Há 30 anos nós somos ‘apadrinhados’ pelo mercado chinês: fomos levados para lá, apresentados para as fábricas e temos os mesmos parceiros há 25 anos. É uma relação comercial extremamente ganha-ganha, saudável, ética e bacana com o país. A Chilli Beans está onde está porque a China nos ajudou e acreditou em nós”, destacou Maia.
O executivo também aposta na Ásia como um todo. A marca já opera na Indonésia, com 10 pontos de venda, e pretende intensificar a expansão no país. A marca também tem uma meta de alcançar 3.200 lojas nos próximos cinco anos, incluindo o projeto Eco Chilli, que visa levar contêineres sustentáveis para cidades com menos de 50 mil habitantes, disse a Exame.
Atualmente a Chilli Beans tem faturamento de R$ 1,4 bilhão ao ano.