
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) elevou de 3,5% para 6,3% a projeção do efeito médio tarifário nas contas de luz para 2025. Os dados constam na segunda edição do boletim InfoTarifa, publicado nesta segunda-feira (11).
Divulgado em todos os trimestres, o parecer detalha a evolução histórica e os principais impactos de cada componente das tarifas.
Segundo a agência, a nova estimativa indica que o reajuste deve ficar acima da inflação, considerando os principais índices inflacionários do país.
O principal fator para a revisão foi o orçamento homologado da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que ficou R$ 8,6 bilhões acima do previsto inicialmente.
Ao todo, a Aneel aprovou para 2025 um orçamento de R$ 49,2 bilhões para a CDE.
Energia mais cara: Aneel anuncia bandeira vermelha nível 2
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira, 25, que a bandeira vermelha nível 2 será acionada para o mês de agosto, disse a Exame.
Com isso, as contas de energia elétrica terão um adicional de R$ 7,87 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
Segundo a Aneel, o motivo para o acionamento da bandeira vermelha nível 2 é o baixo volume de chuvas, que reduz os reservatórios das hidrelétricas, forçando a utilização das termelétricas, que têm um custo maior de funcionamento.
“Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, alertou a agência reguladora.
O sistema de bandeiras tarifárias pretende sinalizar ao consumidor os custos reais da geração de energia elétrica. Quando a geração se torna mais cara, por causa do acionamento de usinas termelétricas – que são mais onerosas –, a cobrança extra é automaticamente aplicada nas contas de luz.
IPCA-15: prévia da inflação acelera para 0,33% em julho
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação oficial, apresentou crescimento de 0,33% em julho, após alta de 0,26% em junho. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número ficou um pouco acima do esperado. A expectativa do consenso Refinitiv era de alta mensal de 0,30%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 chegou a 5,30%, levemente acima dos 5,27% registrados no período imediatamente anterior, como apontado pelo InfoMoney.
Impacto do IPCA-15 por Grupo
O principal impacto veio do grupo Habitação, com variação de 0,98% e contribuição de 0,15 ponto percentual no índice geral. Nesse sentido, o destaque foi o aumento de 3,01% nos preços da energia elétrica residencial, fator com maior influência individual (0,12 p.p.) na composição do IPCA-15 de julho. A bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, foi mantida.
Os reajustes tarifários em diversas capitais contribuíram para o avanço no grupo. Entre elas, São Paulo (6,10%), Porto Alegre (5,07%), Curitiba (3,33%) e Belo Horizonte (3,89%) registraram aumentos significativos. Em contrapartida, uma concessionária do Rio de Janeiro teve redução de 2,16% na tarifa.