A Sabesp (SBSP3), maior empresa de saneamento da América Latina, registrou forte crescimento no lucro líquido no segundo trimestre de 2025. O avanço ocorreu graças a ganhos operacionais e aos efeitos diretos da privatização.
Assim, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 1,96 bilhão, alta de 64% em relação ao mesmo período de 2024, superando amplamente as expectativas do mercado.
Sabesp supera estimativas e amplia eficiência
A Sabesp apresentou Ebitda ajustado de R$ 3,62 bilhões, aumento de 21,5% sobre 2024 e acima da projeção de R$ 3,15 bilhões apurada pela LSEG. Como resultado, o lucro líquido ficou muito acima da previsão de R$ 1,28 bilhão.
Sob gestão do grupo Equatorial, a companhia reduziu custos e despesas operacionais em quase R$ 500 milhões. Essa economia incluiu R$ 246 milhões com depreciação e amortização, além de cerca de R$ 80 milhões com pessoal, após a redução de mil funcionários. Portanto, a estratégia reforçou a eficiência e liberou recursos para novos investimentos.
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Privatização impulsiona expansão e novos projetos
O diretor financeiro, Daniel Szlak, afirmou que a privatização acelerou ganhos e possibilitou antecipar metas de universalização. Ele destacou que a empresa pretende ampliar a atuação de 52% para até 90% das cidades paulistas, participando de futuros leilões de saneamento.
Além disso, a Sabesp reduziu descontos concedidos a grandes clientes, ação que deve gerar impacto positivo no segundo semestre. Da mesma forma, obteve R$ 200 milhões em redução de “provisões legais” após acordo sobre um caso relevante, reforçando o caixa e melhorando a margem operacional.
Sabesp investe mais e fecha novos contratos
No trimestre, a Sabesp realizou 161 mil novas ligações de saneamento e aumentou o volume faturado em 1,7%. Paralelamente, investiu R$ 3,6 bilhões, mais que o dobro do valor registrado no mesmo período de 2024.
Na semana anterior, a companhia firmou contrato de R$ 3,8 bilhões com a Telefônica Brasil para instalar hidrômetros inteligentes. A produção será local, com tecnologia de fabricantes europeus. Segundo Szlak, a leitura automática do consumo de água permitirá economias relevantes e otimização da gestão.
