O preço do café moído recuou pela primeira vez depois de 18 meses. Informação foi revelada a partir da divulgação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), nesta terça-feira (12).
Segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o café recuou 1,01%. Nos 18 meses anteriores, a alta do produto chegou a 99,46%, quase o dobro do preço, disse a Agência Brasil.
Com o recuo de julho, o café soma alta de 41,46% no ano e de 70,51% em 12 meses. A inflação anual do café moído faz do item o segundo com maior influência de alta no IPCA do mesmo período (5,23%), respondendo por 0,30 ponto percentual (p.p.). Fica atrás apenas das carnes, que representam 0,54 p.p. (alta de 23,34%).
O segredo está na safra
A gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, a queda de preço no mês passado é resultado da safra e não pode ser atribuída ao tarifaço imposto pelos EUA.
“[Em julho], já estava começando a colheita, uma oferta maior no campo. Pode ser efeito dessa maior oferta”, sugere o analista.
Com a colheita, mais café fica à disposição para ser ofertado, fazendo com que a pressão provocada pela demanda dos consumidores caia e os preços recuem. Esse efeito também é esperado a partir do tarifaço, caso os produtores de café não consigam encontrar outros países que comprem o produto brasileiro.
A Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) atribui a alta do café nos 18 meses anteriores a eventos climáticos que prejudicaram a safra do grão, e por uma maior demanda mundial, impulsionada pelos chineses, que aumentaram o consumo da bebida.
Coreia do Sul e Angola retiram restrições de exportação a frango brasileiro
Coreia do Sul, Angola e o Catar retiraram as restrições temporárias impostas à importação de carne de aves do Brasil, após o fim do foco de gripe aviária, registrado no município de Montenegro (RS).
Japão também anunciou a retirada das restrições relacionadas ao município de Montenegro, mas manteve as restrições para os municípios de Campinápolis e Santo Antônio da Barra.