A Light (LIGT3) apurou prejuízo de R$ 51 milhões no segundo trimestre de 2025, mas estável na base anual. Atualmente a empresa está em recuperação judicial.
De acordo com o portal Money Times, a Light registrou uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões no período, o que representa queda de 10% no ano. A companhia explicou que o resultado foi impactado pela queda das temperaturas e devido à migração de clientes do mercado cativo para o mercado livre de energia.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 203 milhões no 2T25, queda de 67% no ano, acompanhando a receita.
Light também destacou que houve uma piora da margem bruta, que caiu 37,1% na base anual, para R$ 617 milhões. A empresa de energia também teve um aumento dos gastos com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outras despesas (PSMO), buscando, segundo a própria empresa “a qualidade do fornecimento e de atendimento ao cliente” e a “intensificação de cobranças e proteção de receita”.
“A companhia possui uma robusta, porém depreciada, rede de ativos. À medida que avancemos com os projetos de modernização de sua infraestrutura, conforme plano de investimentos, assim como melhoria de processos e sistemas, observaremos uma menor necessidade dessas despesas”, declarou a Light no documento.
O fator que ajudou o prejuízo a ficar estável na base anual foi o resultado financeiro — negativo em R$ 65 milhões, contra menos R$ 457 milhões no segundo tri de 2024. O destaque aqui vai para os menores encargos líquidos, por conta das dívidas renegociadas, e menores gastos cambiais.
No mês de junho, a Light teve uma dívida líquida de R$ 4,3 bilhões, contra R$ 8,7 bilhões do mesmo mês de 2024. O prazo médio de vencimento do principal da dívida da Light foi de 7,3 anos.