Pré-mercado

Café com BPM: bolsas avançam sob expectativa de corte de juros nos EUA

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, os investidores agora atribuem 94% de probabilidade a um corte da taxa básica no próximo mês

Ibovespa
Ibovespa bate recorde de 141 mil pontos (Foto: CanvaPro)

As bolsas globais operam em território positivo na manhã desta quarta-feira (13), impulsionadas pelas crescentes expectativas de que o Fed (Federal Reserve) cortará os juros em sua próxima reunião, após a divulgação dos últimos dados de inflação.

Na véspera, as bolsas dispararam após a inflação, medida pelo CPI, de julho mostrar alta abaixo do esperado, levando o S&P 500 e o Nasdaq a renovarem recordes. Apesar de o indicador apontar avanço da inflação, o ritmo mais moderado contribuiu para as apostas em um corte de juros na reunião de setembro.

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, os investidores agora atribuem 94% de probabilidade a um corte da taxa básica no próximo mês, superior aos quase 86% projetados no dia anterior e dos cerca de 57% estimados há um mês.

EUA 

Os índices futuros dos EUA apresentam desempenhos mistos, a espera do PPI (relatório do índice de preços ao produtor), que mede a inflação no atacado e será divulgado na quinta-feira (14). O dado acrescentará um elemento ao cenário econômico. A divulgação ocorre pouco antes da reunião do Fed em Jackson Hole, de 21 a 23 de agosto, e pode influenciar as expectativas para a próxima decisão de política monetária do banco central.

Cotação de índices futuros:

Dow Jones Futuro: +0,30%

S&P 500 Futuro: +0,22%

Nasdaq Futuro: +0,30%

Bolsas asiáticas

As bolsas asiáticas fecharam em alta, acompanhando o otimismo de Wall Street após dados recentes de inflação nos EUA reforçarem as apostas de que o Fed poderá cortar os juros já na próxima reunião.

Shanghai SE (China), +0,48%

Nikkei (Japão): +1,30%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,46%

Nifty 50 (Índia): +0,59%

ASX 200 (Austrália): -0,60%

Europa

As bolsas europeias avançam à medida que o sentimento de risco, alimentado pelas crescentes expectativas de cortes nas taxas de juros do Fed, continuou a impulsionar os mercados de ações globais e a reduzir os rendimentos dos títulos.

STOXX 600: +0,42%

DAX (Alemanha): +0,70%

FTSE 100 (Reino Unido): +0,05%

CAC 40 (França): +0,48%

FTSE MIB (Itália): +0,57%

Ibovespa: relembre a véspera

O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, fechou a sessão desta terça-feira (12) com alta de 1,69%, aos 137.913,68 pontos. O dólar comercial teve uma forte queda de -1,06%, a R$ 5,38. Essa é a primeira vez desde junho de 2024 que a moeda americana fecha abaixo dos R$ 5,40.

Nesta terça-feira (12), o mercado acompanhou a leve valorização da moeda americana no exterior, mas obteve queda frente ao real após o IPCA do mês de julho ter tido resultados abaixo do esperado. O dólar americano ampliou suas perdas, após o CPI dos EUA também ter sido mais fraco que o esperado, reforçando a expectativa de corte de juros pelo Fed em setembro.

O desempenho positivo do Ibovespa é sustentado por resultados corporativos sólidos, com destaque para empresas como o banco BTG Pactual e a Sabesp, que divulgaram balanços trimestrais acima das expectativas esperadas e tiveram altas que ultrapassaram as duas casas decimais.

Agenda do dia

Indicadores

▪️ 03h00 – Alemanha/Destatis: CPI de julho

▪️ 05h00 – França: AIE divulga relatório mensal de petróleo

▪️ 09h00 – IBGE: Vendas no varejo restrito e no varejo ampliado de junho

▪️ 11h30 – EUA/DoE: estoques de petróleo da semana até 1º/8 -1 milhão de barris

▪️ 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal

Eventos

▪️ 08h45 – EUA: Tom Barkin (Fed/Richmond) repete discurso durante evento

▪️ 11h30 – Governo apresenta plano de contingência ao tarifaço dos EUA

▪️ 14h00 – EUA: Austan Goolsbee (Fed/Chicago) participa de evento

▪️ 14h30 – EUA: Raphael Bostic (Fed/Atlanta) discursa em evento

Balanços

▪️ Brasil/antes da abertura: Bradespar

▪️ Brasil/após o fechamento: Allos, Casas Bahia, Eneva, Equatorial, Hapvida, Jalles Machado, JBS, PagBank, Porto, Positivo, Raízen, SLC Agrícola, Taesa e Ultrapar