O Itaú BBA manteve a recomendação outperform para as ações da Vale (VALE3), equivalente a “desempenho acima da média do mercado”, e fixou o preço-alvo para o final de 2026 em R$ 70 por ação, representando um potencial de valorização de 31%.
Os analistas destacam que o equilíbrio entre oferta e demanda de minério de ferro deve se manter nos próximos trimestres, impulsionado por demanda sólida da China e do Sudeste Asiático.
O início de novos projetos, como Simandou, será parcialmente compensado pelo aumento das taxas globais de esgotamento.
O banco projeta preços do minério de ferro entre US$ 95 e 100 por tonelada na segunda metade de 2025, elevando a média anual prevista para US$ 99/ton, ante US$ 95/ton anteriormente. Para 2026, a estimativa foi ajustada para US$ 95/ton, de US$ 90/ton.
Apesar da revisão para cima nos preços, o EBITDA estimado para 2025 caiu 3%, para US$ 14,1 bilhões, devido à dinâmica mais fraca no mercado de pelotas, que levou a Vale a reduzir a produção.
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Para 2026, a previsão é de US$ 15,5 bilhões, aumento de 10% ano a ano, mas 2% abaixo da estimativa anterior, já que a alta nos preços deve ser compensada pela cautela quanto aos prêmios de qualidade e volume total de embarques.
A Vale deve encerrar 2025 com dívida líquida de US$ 16 bilhões, ligeiramente acima do ponto médio da meta da companhia (US$ 10–20 bilhões).
Se os preços do minério permanecerem próximos de US$ 100/ton, a mineradora terá conforto para geração de caixa futura, podendo distribuir dividendos ou recompras de ações, sendo que a gestão tende a favorecer recompras diante do nível atual de preços.
As ações negociam a 3,8 vezes EV/EBITDA para 2026, múltiplo considerado atrativo, e o banco projeta rendimento de fluxo de caixa (FCF yield) médio de 8% para o período de 2026 a 2028.
