A S&P Global reafirmou nesta segunda-feira (18) a nota de crédito ‘AA+’ dos EUA, destacando que a receita proveniente das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump deve compensar o impacto fiscal do seu recente pacote de cortes de impostos e aumento de gastos.
Em julho, Trump sancionou o projeto apelidado de “One Big Beautiful Bill Act”, que amplia isenções fiscais e torna permanentes os cortes de impostos de 2017. Segundo a S&P, “em meio ao aumento nas tarifas efetivas, esperamos que uma receita tarifária significativa compense, de forma geral, os resultados fiscais mais fracos que, de outra forma, poderiam estar associados à recente legislação fiscal”.
Apesar disso, o quadro fiscal continua pressionado. Em julho, os EUA arrecadaram US$ 21 bilhões em tarifas alfandegárias decorrentes das medidas de Trump, mas o déficit orçamentário do governo ainda avançou quase 20% no mês, alcançando US$ 291 bilhões.
S&P rebaixa rating da Azul (AZUL4) para calote após recuperação judicial
A S&P rebaixou o rating da Azul (AZUL4) de CCC para D — a nota mais baixa na escala da agência. Na prática, a classificação representa calote, conforme mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (28).
Assim como a S&P, a Fitch também rebaixou a nota de crédito da companhia de CCC para D.
Mais cedo, a Azul anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, com dívidas que somam R$ 31 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — valor 50,3% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
De acordo com a S&P, o rebaixamento foi motivado pelo anúncio da recuperação judicial e pela significativa queima de caixa registrada no primeiro trimestre de 2025.
“Apesar do sólido desempenho operacional, a empresa ainda enfrenta um pesado endividamento, enquanto os pagamentos de arrendamento muito altos, as despesas financeiras e os investimentos continuam pressionando suas finanças”, disseram os analistas da agência, segundo o MoneyTimes.