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Minério cai com cortes de produção de aço na China e restrições comerciais

Cortes siderúrgicos na China e tarifas ampliadas pelos EUA pressionam preços do minério de ferro

Minério de ferro
Minério de ferro / Foto: Divulgação/Vale

O minério de ferro recuou nesta quarta-feira (20), pressionado por cortes obrigatórios na produção siderúrgica da China e pelo aumento das restrições comerciais impostas pelos EUA.

O contrato mais negociado de janeiro na DCE (Bolsa de Mercadorias de Dalian) caiu 0,19%, a 769 iuanes (US$ 107,09) a tonelada.

Já a referência de setembro em Cingapura recuava 0,25%, a US$ 100,8 a tonelada.

A China determinou redução temporária na produção de alto-forno antes do desfile militar de 3 de setembro, em Pequim, que marca o fim da Segunda Guerra Mundial.

A medida busca melhorar a qualidade do ar, mas analistas da ANZ destacam que os cortes são menos severos do que rumores de uma paralisação total, o que limita o impacto sobre a demanda.

Nos EUA, o governo ampliou a tarifa de 50% sobre aço e alumínio para mais de 400 produtos, em apoio à indústria local, e anunciou fiscalização prioritária sobre importações chinesas de aço, cobre e lítio, sob alegações de violações de direitos humanos contra os uigures.

Apelos de empresas como a Tesla, que alegam falta de capacidade produtiva doméstica, não surtiram efeito.

Do lado da oferta, os embarques de minério de ferro da Austrália e do Brasil seguem em recuperação semana após semana, com a Vale liderando o movimento, segundo dados da consultoria chinesa Mysteel.