
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) contabilizou na manhã desta quarta-feira (20) o pagamento de R$ 2,5 trilhões de impostos por contribuintes brasileiros, um aumento de 9,3% em comparação ao ano passado.
Valor representa a totalidade de impostos, taxas e contribuições pagas pelos contribuintes brasileiros à União, governos estaduais e prefeituras desde o início do ano. Montante inclui multas, juros e correção monetária.
Fatores que aumentaram a arrecadação
O economista Ulisses Gamboa, do IEGV (Instituto de Economia Gastão Vidigal) da ACSP, disse ao jornal Times Brasil que a marca foi atingida 23 dias antes em relação a 2024, devido à atividade econômica ainda aquecida. “A inflação também desempenhou um papel relevante, uma vez que o sistema tributário brasileiro é majoritariamente baseado em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços dos bens e serviços”, complementa.
Segundo Gamboa, há outros fatores que contribuíram para o aumento da arrecadação, entre eles: a tributação das casas de apostas (bets), o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a elevação da alíquota do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), a tributação de fundos exclusivos e offshores e a reoneração gradual da folha de pagamentos.
Buenos Aires passa a aceitar pagamento de impostos com criptomoedas
O governo de Buenos Aires, capital da Argentina, anunciou que os cidadãos poderão pagar seus impostos – como ABL (imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana) e Patentes (sobre pagamentos) – e procedimentos não tributários – como a emissão de carteiras de motorista ou o pagamento de multas de trânsito – utilizando criptomoedas.
De acordo com o comunicado oficial, a intenção é atrair empresas relacionadas à criptoeconomia através de um “arcabouço regulatório favorável”. Ainda não foram anunciadas quais moedas serão aceitas na cidade. Contudo, há especulações de que possam ser stablecoins atreladas ao dólar e o Bitcoin (BTC).
“O objetivo é que a cidade seja uma líder mundial em cripto. Já temos o capital humano e agora estamos gerando as ferramentas ao reduzir a burocracia para facilitar o cumprimento dos contribuintes e apoiar a chegada de novas empresas que se estabelecem aqui, disse o chefe de governo da Cidade de Buenos Aires”, afirmou Jorge Macri, governador da cidade autônoma argentina. Informações via Money Times e Bein Crypto.
O plano apresentado tem, no total, quatro pontos: a criação de uma categoria tributária específica para a compra e venda de criptoativos; exclusão de retenção bancária para empresas que fornecem serviços de ativos virtuais; mudanças na base de cálculo tributária, permitindo que as empresas sejam tributadas apenas sobre a diferença de taxa de câmbio; e o já citado pagamento de impostos com criptomoedas por meio de um sistema de QR Code.
A Argentina está passando por um momento turbulento na economia, o que impulsionou diversos meios de pagamento, como o Pix brasileiro e as transferências com criptomoedas.
Hoje, cerca de 10 mil pessoas recebem, em Buenos Aires, transferências do exterior via criptomoedas ou PayPal. No país, existem 10 milhões de contas de cripto, o equivalente a 22% do volume da América Latina, segundo dados de 2024.