Os analistas do banco JPMorgan reduziram o preço-alvo das ações das Lojas Renner (LREN3) de R$ 22 para R$ 20 em um relatório enviado aos clientes nesta quarta-feira (20).
A recomendação permanece em Overweight, o equivalente para Compra, graças a um múltiplo preço sobre lucro (P/L) de 9,6x estimado para 2026, disse o Investing.com.
Às 17h21, horário de Brasília, as ações da Lojas Renner (LREN3) recuavam 2,16% no Ibovespa.
“3º tri mais lento pela frente, mas fundamentos ainda sólidos”, projetam os analistas do banco americano em título do relatório, que não veem um cenário de alto crescimento para a varejista de moda. As novas projeções indicam um recuo do lucro por ação (LPA) para 7%/8%, ficando cerca de 5% abaixo do consenso do mercado para 2026. “Ainda assim, seguimos vendo um potencial de valorização atrativo de +25%”, disse o JPMorgan.
Na avaliação do banco, “existe uma boa combinação entre expansão do lucro por ação (CAGR de 12% estimado para 2024-2029) e espaço adicional para retornos consistentes de caixa aos acionistas (dividendos + recompra de ações) — com yield projetado de 8% em 2026 e CAGR de dividendos por ação de +15% em 5 anos”.
O banco ponderou que o novo modelo operacional, com uma estrutura de logística e cadeia de suprimentos mais ágil, deve continuar sustentando um fluxo de caixa livre (FCF) sólido e resiliente.
O JPMorgan destaca com otimismo os indicadores operacionais de Lojas Renner, devido aos seguintes pontos:
- Forte crescimento nos volumes de check-out.
- Ganho de participação de mercado em termos de vendas absolutas em comparação com concorrentes-chave
- Readequação do mix em meio a um ambiente macro desafiador
Lojas Renner (LREN3) tem alta de 28,4% no lucro do 2º tri
A Lojas Renner (LREN3) reportou um lucro líquido de R$ 404,5 milhões no segundo trimestre de 2025, crescimento de 28,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O número veio um pouco abaixo das estimativas de analistas, que esperavam R$ 412 milhões, segundo dados da LSEG.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 32,9% na base anual, para R$ 891 milhões, também superando a projeção média de R$ 809 milhões. O desempenho foi impulsionado pela alta de 18,5% na receita líquida de varejo, que somou R$ 3,65 bilhões no trimestre.