A OnlyFans pagou US$ 701 milhões (R$ 3,8 bilhões) em dividendos a seu proprietário, o empresário ucraniano-americano Leonid Radvinsky, enquanto avalia propostas para a venda da plataforma.
Segundo registros da Fenix International, controladora sediada em Londres, o pagamento se refere ao exercício encerrado em novembro. A empresa estuda negociações que podem avaliar o negócio em até US$ 8 bilhões, segundo a Bloomberg.
Criada em 2016, a OnlyFans ficou conhecida durante a pandemia ao permitir que criadores monetizassem fotos, vídeos e chats por assinatura. A companhia retém 20% das receitas e, embora seja associada a conteúdo adulto, também abriga influenciadores de áreas como fitness e gastronomia.
No último ano, a plataforma processou US$ 7,2 bilhões em transações, acima dos US$ 6,6 bilhões de 2023. O lucro antes de impostos cresceu 4%, para US$ 684 milhões. O número de criadores subiu 13%, para 4,6 milhões, enquanto as contas de fãs saltaram 24%, para 377,5 milhões.
Desde 2021, Radvinsky já recebeu cerca de US$ 1,8 bilhão em dividendos. Ele comprou a participação majoritária no negócio em 2018, dos fundadores britânicos Guy e Tim Stokely.
Apesar do apelo comercial, a OnlyFans enfrenta críticas por conta do teor explícito de parte do conteúdo e pela segurança dos usuários. A empresa diz adotar moderação ativa e verificar a maioridade de todos os criadores.
A Fenix mantém apenas 46 funcionários, mas gastou US$ 45,4 milhões em salários e encargos no último ano, alta de 64% sobre 2023. O executivo mais bem pago recebeu US$ 9,7 milhões.
Radvinsky, que vive na Flórida, já afirmou ter como meta aderir ao Giving Pledge, iniciativa global que reúne bilionários comprometidos em doar parte significativa de suas fortunas.