A safra de soja 2025/26 do Brasil foi estimada em um recorde de 176,53 milhões de toneladas, aumento de 3% com relação à temporada anterior. Avaliação da AgResource Brasil foi divulgada nesta sexta-feira (22).
O plantio da safra em questão deve se iniciar no mês de setembro, disse a Reuters, via Investing.com.
“Este aumento é acompanhado de uma expectativa de modesto incremento de área de 2% para 48,7 milhões de hectares, o menor crescimento dos últimos cinco anos”, disse a consultoria em relatório.
Já para o milho, a AgResource Brasil estima que o Brasil poderá produzir 138,44 milhões de toneladas em 2025/26, um aumento de 0,7% com relação ao projetado para 2024/25.
“Assim como na soja, é esperado um modesto incremento de 1,3% na área, sendo um aumento de quase 2% na área destinada ao milho safrinha”, disse.
China aumenta compra de soja do Brasil e preocupa EUA
A Associação Americana de Soja enviou uma carta a Donald Trump afirmando que, após o tarifaço, a China trocou a commodity norte-americana pela brasileira. Os produtores pedem ao presidente que priorize o cultivo nas negociações com os chineses, diz documento enviado na terça-feira (19).
Segundo dados divulgados pela Administração Geral de Alfândega da China, as compras de soja do Brasil pelos chineses aumentaram 13,9% no mês de julho, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
No total, o país do asiático importou 10,39 milhões de toneladas de soja do Brasil em julho, contra 9,12 milhões no mesmo mês de 2024. O volume representou 89% de todas as compras do país.
Paralelamente, as importações chinesas de soja dos EUA caíram 11,5%. Elas somaram 420,8 mil toneladas em julho, abaixo das 475,3 mil registradas no ano passado. Informações via G1 Agro.
“Devido à retaliação tarifária em curso, nossos clientes de longa data na China recorreram e continuarão a recorrer aos nossos concorrentes na América do Sul para atender à sua demanda. Uma demanda que o Brasil pode atender devido ao aumento significativo da produção desde a guerra comercial anterior com a China“, afirmam os produtores.
Segundo o documento enviado pelos agricultores norte-americanos, a soja do país está enfrentando uma tarifa 20% maior do que a soja da América do Sul nas compras Chinesas.