Desde que a semana começou, os olhares estavam voltados para o Simpósio de Jackson Hole, onde Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve), iria discursar sobre a política monetária e o corte dos juros básicos dos EUA.
O mercado fechou o dia 100% verde. O índice Ibovespa disparou nesta sexta-feira (22), com alta de 2,57%, o maior avanço diário desde o dia 9 de abril, chegando próximo dos 138 mil pontos. Na semana, o principal índice acionário brasileiro conquistou 1,2% de ganhos. No mês, a carteira avançou 3,68% e, do começo do ano até aqui, valorizou 14,7%.
Os mercados de capitais ao redor do mundo dependia muito do que seria dos juros americanos. A confirmação do provável corte nos juros para o mercado americano reduziu o apelo dos treasuries e, assim, os investidores buscaram oportunidades ao redor do mundo, incluindo no Brasil.
Assim, o dólar comercial recuou 0,95% contra o real hoje, a R$ 5,43. Na semana, no entanto, ainda ficou 0,5% mais caro. Em agosto, houve queda de 3,12% e, do início do ano até aqui, a moeda americana ficou 12,2% mais barata para o brasileiro.
A divisa da economia brasileira volta a ganhar força com perspectivas mais otimistas para os ativos locais. Se a renda fixa americana entregar retornos menores, a do Brasil (com juros reais nas alturas) se beneficia.
Na renda variável, onde os investidores já trabalham com as estimativas para o futuro, o radar do mercado começa a crescer conforme os agentes creem que a Selic pode ter um espaço mais folgado para cair.
Ibovespa dispara com corte de juros nos EUA; dólar cai
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta sexta-feira (22) com forte alta de 2,57%, aos 137.968,15 pontos. A moeda americana caiu 0,95% e fechou a semana cotado a R$ 5,426.
Esta sexta-feira foi movimentada no mercado. O presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell discursou no Simpósio de Jackson Hole e falas foram lidas como sinal verde para corte de juros no país. No Brasil, a Lei Magnitsky segue “roubando” a cena.
Bruno Shahini, especialistas em investimentos da Nomad, disse que o discurso de Jerome Powell no Jackson Hole desencadeou forte movimento nos mercados, com impacto direto sobre o dólar.
“A leitura mais dovish de suas falas, busca reconhecer os riscos crescentes para o mercado de trabalho e a necessidade de reavaliar o equilíbrio da política monetária, elevou as apostas em cortes de juros a partir de setembro”, disse o especialista.
“Com a perspectiva de redução da taxa de juros nos EUA, os treasuries cederam, abrindo espaço para moedas emergentes, como o Real”, analisou Bruno Shahini sobre a forte queda da moeda americana no pregão desta sexta-feira.
O dólar comercial oscilou entre R$ 5,472 e R$ 5,426 e dispensou vertiginosamente após às 11h (horário de Brasília e exato momento do discurso do chefe do banco central americano). O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda de 0,91%, aos 97,726 pontos.