O Fluminense aprovou a proposta do BTG Pactual, que prevê R$ 500 milhões para a aquisição de 60% das ações da futura SAF. Agora, a decisão seguirá aos sócios na assembleia de setembro, que terão a palavra final. Além disso, o presidente Mário Bittencourt, com mandato até dezembro de 2025, assumirá o cargo de CEO da SAF, acumulando a gestão da transição e garantindo estabilidade durante todo o processo.
O BTG propôs um fundo formado por diversos cotistas, incluindo André Esteves, torcedor e presidente do banco. Se todos os associados com mensalidade em dia participarem, cerca de 59 mil pessoas poderão votar. No entanto, historicamente, apenas 3,7 mil estiveram presentes na última eleição, evidenciando a necessidade de engajamento ativo.
Para reduzir riscos e evitar falhas de comunicação, o Fluminense contratou uma consultoria de gestão de imagem. Assim, a estratégia inclui campanha detalhada, esclarecimento de dúvidas e incentivo à participação dos sócios, aumentando confiança e engajamento durante todo o processo.
Estrutura financeira da SAF: R$ 500 milhões em três parcelas
O fundo terá até 20 cotistas torcedores, diluindo riscos e minimizando exposição pública em períodos de instabilidade esportiva. A proposta prevê a aquisição de 60% das ações da SAF por R$ 500 milhões. Além disso, o pagamento será parcelado: R$ 270 milhões em 2025, R$ 150 milhões em 2026 e R$ 80 milhões em 2027.
Do total, R$ 250 milhões virão de dois investidores líderes, enquanto os 18 cotistas restantes investirão ao menos R$ 10 milhões cada. A partir de 2028, o fundo poderá ampliar participação para até 85%, com correção monetária aplicada. Dessa forma, o modelo garante segurança financeira e previsibilidade de investimento.
O desempenho do Fluminense na Copa do Mundo de Clubes valorizou a operação. Antes do torneio, o clube estava estimado em R$ 850 milhões, mas o quarto lugar aumentou visibilidade e fortaleceu a marca. Consequentemente, o mercado demonstrou maior interesse e acelerou o processo de investimento.
Negociações entre BTG e Fluminense: foco em R$ 500 milhões
As tratativas começaram em março, quando a diretoria buscou um modelo coletivo, evitando concentração de controle em um único investidor. Além disso, durante apresentações a investidores, a manutenção de Bittencourt como CEO destacou-se como fator de estabilidade. O acordo reforça modernização administrativa e abertura a investimentos estratégicos, sustentando o crescimento do clube nos próximos anos.