Total de 54 itens

EUA incluem novos itens na lista de minérios críticos; veja quais

Níquel, cobre e potássio estão inclusos na lista.

Minério de níquel (Foto: reprodução/Geology Science)
Minério de níquel (Foto: reprodução/Geology Science)

Os EUA incluíram o cobre e outros itens em uma lista preliminar de minérios críticos, conforme um aviso divulgado pelo Fed, nesta segunda-feira (25), no diário oficial do país.

Além do cobre, estão inclusos na lista: alumínio, grafite, lítio, níquel, zinco, nióbio, manganês, prata e potássio – essencial para produção de fertilizantes.

A lista tem, no total, 54 commodities, classificando os itens como “essenciais para a economia americana” e deve facilitar a liberação de incentivos e de permissões para exploração, mineração e projetos. Informações via Infomoney.

A análise feita pelos norte-americanos é de que esse minérios são “essenciais” para a economia e para a segurança nacional dos EUA, em busca de evitar efeitos em cadeia de oferta sobre o PIB, além de aumentar a resiliência da oferta local.

EUA é acionado para intervir em acordo de níquel no Brasil

AISI (Instituto Americano do Ferro e do Aço, na sigla em inglês) acionou o governo de Donald Trump para agir junto ao governo brasileiro sobre o acordo de venda dos negócios de níquel da Anglo American no Brasil para a mineradora chinesa MMG. O movimento ocorre em meio ao confronto global pelo controle de minerais críticos.

AISI — que representa um setor com mais de US$ 520 bilhões em produção — alega que, se a operação for bem-sucedida, a China passará a ter influência direta sobre uma parte substancial das reservas de níquel do Brasil. O volume, somado à sua posição dominante na produção indonésia, agravaria “as vulnerabilidades existentes na cadeia de suprimentos desse mineral crítico”, segundo informações do Valor.

A indústria norte-americana aproveitou a consulta pública do USTR (agência de representação comercial dos EUA) na investigação sobre atos, políticas e práticas do Brasil que poderiam interferir em interesses norte-americanos. Dependendo dos resultados, as sanções sobre a economia brasileira poderão ser elevadas.

No documento enviado ao USTR, o AISI solicita que a operação de níquel seja levantada junto ao governo brasileiro, com foco em tentar bloquear a transação entre a Anglo American e a companhia chinesa.

Preocupação do AISI e o governo brasileiro

“É essencial que o governo do Brasil explore alternativas que preservem a propriedade orientada para o mercado desses ativos estratégicos de níquel e garantam que o acesso futuro a esse mineral crítico permaneça aberto e justo”, afirmou o presidente do AISI, Kevin M. Dempsey, em carta enviada ao governo Trump.

O acordo envolvendo a venda, anunciada em fevereiro pela Anglo American — multinacional de origem sul-africana e britânica —, trata de dois ativos operacionais de ferroníquel em Goiás, Barro Alto e Codemin (Niquelândia), além de dois projetos que podem ser desenvolvidos futuramente, por um montante que pode chegar a US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões, seguindo a cotação atual).