56 anos de prisão

Malafaia explica R$ 30 mi recebidos de Sheik do Bitcoin; confira

Malafaia reforçou que tem presunção de inocência e ressaltou que a parceria com Francis encerrou antes dele ser denunciado pelo MPF

Foto: Divulgação/ Silas Malafaia
Foto: Divulgação/ Silas Malafaia

O pastor Silas Malafaia, fundador da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, confirmou ter recebido um investimento milionário do empresário Francisley Valdevino da Silva, o Sheik do Bitcoin. O líder religioso reforçou que tem presunção de inocência e ressaltou que a parceria com Francis encerrou antes mesmo de o “Sheik” ser denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal).

Silva foi condenado a 56 anos de prisão por operar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas.

Segundo apuração do Metrópoles, uma testemunha-chave do processo que resultou na condenação do Sheik detalhou o início da parceria entre Silas Malafaia e Francis. Em depoimento à PF, o empresário Davi Zocal disse que o Sheik do Bitcoin aportou R$ 30 milhões para reerguer a Central Gospel, editora de livros de Malafaia que entrou em recuperação judicial em 2019.

“Só que eles combinaram o quê? Eu estava do lado. O Silas falou assim pra ele: ‘Cara, vamos fazer uma empresa com outro nome, para não ferrar pra nós, né?’ Então abriram a Alvox, mas o foco do Malafaia… O Francis foi sócio direto dele na principal empresa, mas foi só para dar uma esquivada, né?”, detalhou a testemunha. O depoimento, até então inédito, ocorreu em agosto de 2022.

Parceria e investimentos

Malafaia e Francisley foram sócios na Alvox Gospel Livros Marketing Direto, uma loja digital com foco no segmento evangélico. A companhia foi aberta em maio de 2021 e encerrada em julho de 2022.

Ao Metrópoles, o líder religioso explicou: “[O Sheik do Bitcoin] botou dinheiro na minha editora para comprar material, para me ajudar no momento mais difícil da minha recuperação”. Malafaia, contudo, afirma não ter ligação com o esquema de pirâmide financeira orquestrado por Francis. “O que que eu tenho com os crimes de bitcoin, de moeda, de criptomoeda dele?”