Os investidores observam atentamente os resultados da Nvidia (NVDC34) para o segundo trimestre de 2025, pois eles refletem diretamente os efeitos da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
A empresa enfrenta desafios complexos na China, onde suas vendas representam uma parte significativa da receita global. Além disso, a Nvidia precisa agir rapidamente diante das restrições comerciais e das pressões regulatórias de ambos os governos.
Recentemente, a fabricante de chips de inteligência artificial concordou em pagar 15% das vendas na China ao governo dos EUA em troca de licenças de exportação. Entretanto, Pequim pediu que empresas locais limitassem a compra de chips estrangeiros, citando preocupações com segurança. Essas medidas obrigam a Nvidia a ajustar estratégias e negociar cuidadosamente com parceiros e clientes na região.
Apesar da demanda forte, a incerteza sobre licenças e tarifas leva analistas a revisar estimativas de receita. No ano passado, a China representou 13% do faturamento da Nvidia. Entretanto, muitos especialistas não incluem vendas significativas do país no segundo trimestre encerrado em julho, já que a aprovação americana ocorreu tardiamente e Pequim mantém resistência.
Consequências financeiras e previsões de crescimento
Em maio, a Nvidia alertou que restrições comerciais poderiam reduzir suas vendas em US$8 bilhões no trimestre de julho. Além disso, o trimestre anterior registrou prejuízo de US$4,5 bilhões devido às limitações de exportação. Assim, os resultados da Nvidia refletem de forma direta os efeitos da guerra comercial e dos desafios logísticos globais.
Mesmo com essas dificuldades, a empresa projeta receita de US$46,02 bilhões para o segundo trimestre, um aumento de 53,2% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da LSEG. Esse crescimento demonstra que, embora as restrições existam, a demanda global por soluções de inteligência artificial permanece robusta e crescente.
Investidores acompanham de perto como a Nvidia equilibra o acordo com os EUA e as limitações da China. Portanto, os resultados da Nvidia podem servir como termômetro da habilidade de empresas de tecnologia em navegar na guerra comercial e manter crescimento sustentável.