Empresa de tecnologia

B3 (B3SA3) compra 62% da Shipay por R$ 37 milhões

Acordo prevê possibilidade de aquisição percentual remanescente até 2030.

Bolsa e dólar operaram em estabilidade nessa quarta-feira (18) (Foto: B3/Divulgação)
(Foto: B3/Divulgação)

A B3 (B3SA3) fechou um contrato para compra de 62% do capital social da Shipay, uma empresa de tecnologia especializada na integração de soluções de pagamentos, por R$ 37 milhões. Acordo prevê possibilidade de aquisição percentual remanescente até 2030.

De acordo com a Reuters, via Infomoney, a empresa falou que o valor de aquisição está sujeito ao alcance de “determinadas metas”, que não foram detalhadas no comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (26).

Shipay e B3 já possuem uma parceria para o desenvolvimento de pagamentos. A B3 acrescentou que o movimento reforça sua estratégia de posicionamento como “solução de infraestrutura na jornada de crédito”.

A compra ainda está sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e outras condições.

Cade abre processo para investigar prática anticompetitiva da B3

Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) instaurou nesta segunda-feira (25) um processo administrativo para investigar ações anticoncorrenciais da B3 (B3SA3) para dificultar a instalação da Central de Serviços de Registro e Depósito aos Mercados Financeiro e de Capitais S.A. (CSD BR).

Medida foi tomada por iniciativa da  Superintendência-Geral (SG) do órgão, disse o Infomoney. Uma análise feita pela área técnica do Conselho apontou que as condutas da B3 “elevam artificialmente as barreiras à entrada e à expansão de concorrentes, dificultando a atuação de novos agentes e perpetuando a dominância da B3 em segmentos críticos do mercado de infraestrutura financeira”.

De acordo com a nota técnica, a Superintendência-Geral concluiu que os problemas de interoperabilidade entre sistemas representam uma barreira operacional que está prejudicando concorrentes no mercado de registro de ativos e inviabilizando a entrada efetiva da CSD no mercado de depósito.

A SG entende que a B3 detém poder de mercado e está exercendo “de forma abusiva” posição dominante nos mercados de registro e de depósito. “Essas práticas prejudicam diretamente a concorrência no mercado financeiro, limitando a capacidade de novos participantes competirem em condições justas e eficientes”.