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Oncoclínicas (ONCO3) vende participação no UMC por R$160 mi

Oncoclínicas (ONCO3) avança em seu plano estratégico ao reduzir dívidas, reforçar a geração de caixa e manter foco em oncologia

Oncoclínicas
Oncoclínicas / Divulgação

A Oncoclínicas (ONCO3) anunciou, nesta terça-feira (26), a venda de 84% do UMC (Complexo Hospitalar Uberlândia) por R$160 milhões. A operação foi conduzida pela controlada Multihemo e marca mais um passo na estratégia de desinvestimentos da companhia. O comprador, Alexandre de Menezes Rodrigues, é fundador do UMC e já atua como acionista minoritário.

O valor da transação será pago pela assunção de dívidas e obrigações do hospital. Além disso, a Oncoclínicas firmará com o UMC um contrato comercial de longo prazo. Assim, ambas compartilharão os resultados da operação oncológica, o que assegura a permanência da companhia no segmento hospitalar sem necessidade de investir capital relevante.

Esse anúncio chega logo após outra movimentação estratégica. Na segunda-feira (25), a Oncoclínicas confirmou a venda do Hospital de Oncologia do Méier, no Rio de Janeiro, para a Hapvida (HAPV3). Com isso, a empresa reforça sua política de reposicionamento de ativos e otimização de recursos financeiros.

Oncoclínicas busca reduzir alavancagem e aumentar eficiência

A venda do Complexo Hospitalar Uberlândia confirma a decisão da Oncoclínicas de se desfazer de operações não essenciais. Dessa forma, a companhia reduz alavancagem financeira, eleva a rentabilidade e diminui a exposição a áreas fora da oncologia. Ao mesmo tempo, aumenta a geração de caixa e reforça a eficiência operacional.

O contrato, entretanto, ainda depende do cumprimento de condições usuais para esse tipo de operação. Entre elas, destaca-se a aprovação dos órgãos regulatórios, etapa indispensável para a conclusão do negócio.

Estratégia fortalece especialização em oncologia

Com contratos de longo prazo, a Oncoclínicas garante presença em centros hospitalares estratégicos. Dessa maneira, a empresa preserva sua atuação no tratamento oncológico e, simultaneamente, evita comprometer recursos em operações completas de hospitais.

Portanto, a estratégia reafirma a especialização da Oncoclínicas no setor de saúde brasileiro. Além disso, sinaliza ao mercado disciplina na gestão de recursos e foco em expandir a atuação no segmento oncológico, considerado o mais rentável de seu portfólio.