O Goldman Sachs afirmou, em nota divulgada na terça-feira (26), que espera que o preço dos contratos futuros de petróleo Brent recue para a faixa baixa de US$ 50 por barril até o final de 2026, em razão de um aumento no excedente global de petróleo a partir do próximo ano.
“Esperamos que o superávit de petróleo se amplie e atinja uma média de 1,8 milhão de barris por dia entre o quarto trimestre de 2025 e o quarto trimestre de 2026, resultando em um aumento de quase 800 milhões de barris nos estoques globais até o final de 2026”, declarou o banco norte-americano, segundo o Money Times.
A instituição projetou que o petróleo armazenado nos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) representará cerca de um terço do estoque global total, aproximadamente 270 milhões de barris em 2026.
Impacto da redução da demanda da OCDE
Combinado à redução da demanda nos países da OCDE, esse movimento deve reduzir o valor justo do Brent dos atuais US$ 70 para patamares mais baixos.
O Goldman Sachs acrescentou que os preços do Brent provavelmente permanecerão próximos aos contratos futuros ao longo de 2025, mas devem ficar abaixo desses contratos em 2026, à medida que o aumento dos estoques da OCDE se intensifica.
O banco ponderou ainda que uma possível aceleração no crescimento dos estoques chineses — de 0,4 milhão para 0,8 milhão de barris por dia ao longo do ano — elevaria o preço médio do Brent em 2026 em cerca de US$ 6 por barril em relação à projeção-base, chegando a US$ 62.
Goldman Sachs: indicador de negociação especulativa atinge máxima
O Goldman Sachs informou, em nota divulgada na sexta-feira (25), que seu Indicador de Negociação Especulativa disparou para níveis históricos, atingindo sua maior leitura fora dos períodos das bolhas da era das pontocom e da pandemia.
“Nosso Indicador de Negociação Especulativa aumentou drasticamente nos últimos meses”, escreveu o banco, destacando que o nível atual é o mais alto já registrado, com exceção dos períodos de 1998 a 2001 e de 2020 a 2021. As informações foram obtidas pelo Investing.
A alta é impulsionada pela “participação elevada nos volumes de negociação de ações sem lucratividade, penny stocks e papéis com múltiplos elevados de EV/vendas”, segundo a nota.