O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 4,4 pontos em agosto, para 90,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 2,8 pontos, para 94,0 pontos, disse o FGV Ibre
Com o mês de agosto, o índice cai pela sexta vez no ano, chegando ao menor patamar desde outubro de 2023.
No oitavo mês do ano, a confiança diminuiu em 15 dos 19 segmentos industriais consultados na pesquisa. O resultado reflete piora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice Situação Atual (ISA) caiu 3,9 pontos, para 93,4 pontos e o Índice de Expectativas (IE) retrocedeu 4,9 pontos, para 87,6 pontos.
Entre os indicadores que compõem o ISA, o que exerceu maior influência na queda foi o que mede a situação atual dos negócios: o retrocesso foi de 6,1 pontos, para 91,3 pontos, essa é a maior queda no indicador desde janeiro de 2022. O nível atual de demanda recuou 2,0 pontos, para 95,6 pontos, com esse resultado, o indicador permanece com o patamar mais baixo desde março de 2024, a 94,5 pontos.
O indicador que mensura o nível dos estoques, subiu 3,4 pontos no mês, para 106,2 pontos, maior patamar desde novembro de 2023 (107,1 pontos). Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).
Com relação às expectativas, foi observada piora significativa em todos os indicadores que compõem o índice, sendo a mais intensa no que mede o ímpeto de contratações. O indicador de expectativas de emprego caiu 5,9 pontos, para 91,2 pontos, alcançando o pior resultado desde junho de 2020 (76,0 pontos), período em que a economia brasileira sofria com o lockdown da pandemia.
O otimismo com evolução dos negócios nos próximos seis meses, retratado pelo indicador de tendência dos negócios, e a percepção sobre a produção prevista pioraram pelo terceiro mês. Os indicadores recuaram 4,5 e 4,1 pontos, para 83,6 e 88,6 pontos, respectivamente.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) manteve-se relativamente estável ao variar 0,1 ponto percentual em agosto, para 82,6%.