O mercado de trabalho dos EUA criou 22 mil vagas na folha de pagamento (payroll) em junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo BLS (Bureau de Estatísticas do Trabalho dos EUA) de pessoas desocupadas no país.
O dado ficou abaixo do esperado. Pesquisa da Reuters com economistas projetava a criação de 75 mil empregos fora do setor agrícola no mês passado.
A taxa de desemprego ficou estável em 4,3%, alinhada às expectativas, mantendo o maior nível registrado desde 2021.
Setores em destaque
- Saúde: Adição de 31 mil empregos, incluindo serviços ambulatoriais (+13 mil), cuidados residenciais (+9 mil) e hospitais (+9 mil).
- Assistência social: Crescimento de 16 mil vagas, impulsionado por serviços individuais e familiares.
- Governo federal: Perda de 15 mil empregos, acumulando queda de 97 mil desde janeiro.
- Mineração e petróleo/gás: Redução de 6 mil postos de trabalho.
- Comércio atacadista: Diminuição de 12 mil empregos.
- Manufatura: Queda de 12 mil vagas, com destaque para equipamentos de transporte (-15 mil), parcialmente devido a greves.
Longa duração do desemprego e desalentados
O número de desempregados de longa duração (mais de 27 semanas) permaneceu próximo de 1,9 milhão, representando 25,7% de todos os desempregados.
Pessoas desalentadas, que desejam trabalhar mas desistiram de procurar emprego, mantiveram-se em 514 mil, sem grandes alterações em relação ao mês anterior.
O número de novos entrantes no mercado de trabalho caiu 199 mil, totalizando 786 mil.
Salários e jornada de trabalho
O salário médio por hora subiu US$ 0,10, para US$ 36,53, representando alta de 3,7% nos últimos 12 meses.
A jornada média semanal para empregados não agropecuários permaneceu em 34,2 horas, com a indústria manufatureira registrando 40 horas e 2,9 horas de horas extras.