
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta sexta-feira (5) a fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3). A aprovação do tribunal ocorreu sem restrições e por unanimidade.
Com a operação a Marfrig passa a assumir a totalidade das ações da BRF. Em troca, os acionistas da incorporadora receberão os papéis da Marfrig.
Um parecer prévio da Superintendência-Geral do Cade, já havia aprovado a compra sem restrições, com o entendimento de que o negócio não traz preocupações concorrenciais, disse a CNN. Contudo, a decisão foi contestada pela Minerva, alegando que seus interesses econômicos seriam potencialmente afetados pela MBRF.
O voto de Carlos Jacques, conselheiro que havia pedido vistas do processo em 20 de agosto, foi liberado na última sessão ordinária, na quarta-feira (3). Com esse voto, foi convocada sessão extraordinária nesta sexta para que o julgamento fosse concluído e, sem a falta de votos, declarada a aprovação da operação sem restrições, disse o Estadão.
A urgência da votação foi devido à aproximação do encerramento do prazo para o exercício do direito de recesso por parte dos acionistas dissidentes, contato a partir da publicação da ata global da reunião. Resolvida essa parte, nasce a MBRF Global Company Foods.
Gigante no mercado
Efetuada a incorporação da BRF pela Marfrig e a criação da MBRF, a empresa deve atingir R$ 152 bilhões de receita anual consolidada e se tornar a 2ª maior do setor no Brasil, atrás apenas da JBS (JBSS32).
A MBRF estará presente em 117 países e um portfólio de 37 marcas líderes no segmento de proteínas e processados, como Sadia e Perdigão. Além disso, a companhia terá mais de 130 mil colaboradores e capacidade produtiva de cerca de 8 milhões de toneladas por ano.
A Marfrig já detinha 50% do capital da BRF. O processo de incorporação se iniciou em 2021.
*em atualização