A economia do Japão cresceu mais rápido do que o estimado inicialmente no segundo trimestre, impulsionada por revisões para cima no consumo privado e nos estoques, dando aos formuladores de políticas alguma segurança enquanto navegam pela incerteza política e comercial.
O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 2,2% anualizado em relação ao trimestre anterior nos três meses até junho, segundo dados revisados do Gabinete do Governo divulgados na segunda-feira (8), acima dos 1% anunciados em 15 de agosto e da previsão mediana dos economistas.
Embora os números indiquem uma rápida elevação na quarta maior economia do mundo, as tarifas dos EUA e a crescente incerteza política podem complicar a formulação de políticas nos próximos meses após a renúncia do primeiro-ministro Shigeru Ishiba no domingo (7).
Na comparação trimestral, o PIB cresceu 0,5%, em comparação com a previsão mediana e a estimativa inicial de um aumento de 0,3%.
O Gabinete do Governo disse que as estimativas atualizadas refletiam vendas de restaurantes, jogos e gastos corporativos, o que não estava disponível no momento da divulgação.
O consumo privado, que representa mais da metade da economia do Japão, subiu 0,4%, contra um aumento de 0,2% na leitura preliminar.
Analistas alertam que as tarifas americanas sobre produtos japoneses podem desencadear uma forte desaceleração nas exportações no trimestre atual e minar o atual impulso da economia.
O foco agora se voltará para os números do PIB de julho a setembro para avaliar até que ponto as tarifas dos EUA pesaram na economia. Tóquio e Washington formalizaram na semana passada um acordo comercial, implementando tarifas menores sobre importações de automóveis japoneses e outros produtos que foram anunciados em julho.
Brasil cai em ranking das grandes economias que mais cresceram, diz jornal
Após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2025, o Brasil caiu no ranking das economias que mais cresceram entre as maiores do mundo, apontou o Valor Econômico nesta terça-feira (2).
O levantamento foi feito pelo jornal utilizando dados elaborados pelo Valor Data com base nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da Tranding Economics. Informações via Valor Investe.
Segundo os dados também divulgados nesta terça-feira (2) pelo IBGE , a economia brasileira registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2025, em um ritmo mais lento que o observado anteriormente.
Analistas consultados em levantamento da Reuters previam uma alta de 0,3% no PIB entre os meses de abril e junho, em comparação com os três primeiros meses do ano. O desempenho abaixo do ritmo anterior foi influenciado por uma queda na atividade do setor agropecuário e por um enfraquecimento da indústria.
Com esse resultado, o Brasil caiu para a oitava posição no ranking que mede o crescimento no acumulado de 12 meses, com 3,2% de avanço. O país fica atrás de colegas do BRICS, como a Índia, líder da lista com 7,8% de crescimento, China (+5,2%), Indonésia (+5,1%) e Arábia Saudita (+3,9%). O Brasil ainda está à frente dos EUA, que teve crescimento de 2% no período de um ano.
Já no ranking que mede os resultados no segundo trimestre de 2025, o Brasil está na 12ª posição, com crescimento de 0,4%.