A Novo Nordisk irá cortar cerca de 11% da força de trabalho global para economizar US$ 1,3 bilhão até o final de 2026. Cerca de 9 mil empregos serão eliminados dos 78,4 mil existentes atualmente na farmacêutica. Comunicado foi publicado nesta quarta-feira (10).
A maior parte dos cortes será na Dinamarca, com previsão de redução de 5 mil empregados. Informações via Seu Dinheiro.
A Novo Nordisk atribuiu a medida à desaceleração recente do crescimento no segmento de obesidade, cada vez mais competitivo e voltado ao consumidor. A empresa afirma que, após anos de forte expansão, a complexidade interna e os custos aumentaram, o que exige ajustes para manter a competitividade.
De acordo com o CEO da companhia, Mike Doustdar, a reestruturação no guidance vai permitir realocar recursos para P&D, expansão da produção e iniciativas comerciais, de forma a ampliar o acesso de milhões de pacientes ainda sem tratamento.
“Precisamos ser mais rápidos e ágeis. Isso significa adotar uma cultura baseada em desempenho, empregar melhor os recursos e priorizar investimentos onde terão maior impacto”, disse.
Em contrapartida, a Novo Nordisk espera um impacto negativo de 6 pontos percentuais (p.p.) no lucro operacional de 2025, revisado para entre 4% e 10%. No guidance emitido em agosto, a farmacêutica esperava alta no lucro operacional entre 10% e 16% em 2025.
O plano terá custo pontual de reestruturação de US$ 1,2 bilhão, incluindo as baixas contábeis. No terceiro trimestre deste ano, a dona do Ozempic prevê despesas de US$ 1,4 bilhão, parcialmente compensadas por uma economia de US$ 156,64 milhões no quarto trimestre deste ano.
Os próximos resultados financeiros completos da Novo Nordisk serão divulgados em 5 de novembro, com os números referentes aos primeiros nove meses deste ano.
Anvisa controla Ozempic, Wegovy e Mounjaro; farmácias passam a reter receitas
As farmácias e drogarias de todo o país passam a reter, a partir desta segunda-feira (23), as receitas de medicamentos à base de GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
A decisão, que estabelece um controle mais rigoroso na prescrição e na dispensação desses medicamentos, foi tomada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em abril e entrou em vigor 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União.
Em nota, a agência informou que a medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, “especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa”. As informações são da Exame.