As vendas do varejo brasileiro registraram o quarto mês consecutivo de queda em julho, indicando um esfriamento gradual da atividade na abertura do terceiro trimestre, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (11).
O varejo recuou 0,3% frente a junho, na série com ajuste sazonal, e avançou 1,0% na comparação anual com julho de 2024. Economistas consultados pela Reuters projetavam queda de 0,3% no comparativo mensal e alta de 0,8% na base anual.
Desempenho do comércio varejista em julho
Das oito atividades do comércio varejista pesquisadas pelo IBGE, metade registrou queda nas vendas, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,1%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,9%).
Por outro lado, as maiores altas foram observadas em móveis e eletrodomésticos (1,5%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%), segundo o Money Times.
Exportações do Brasil aos EUA caem 18,5% em meio a tarifas
O Brasil registrou déficit em suas transações comerciais com os EUA pelo oitavo mês consecutivo em agosto. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Segundo dados do governo, as exportações para os EUA somaram US$ 2,76 bilhões no mês passado, com forte queda de 18,5% ante o mesmo período do ano passado.
Em paralelo, as importações totalizaram US$ 3,99 bilhões da economia norte-americana, com alta de 4,6% na comparação com agosto de 2024. Assim, o saldo ficou déficit para o Brasil em US$ 1,23 bilhão no mês passado, o maior resultado negativo mensal de 2025.
Apesar da contração nas vendas para os EUA, o país exportou mais para outras grandes nações parceiras: China (+29,9%), México (+43,8%) e Argentina (+40,4%). O último mês no qual o Brasil registrou superávit com os EUA — ou seja, quando as exportações superaram as importações — foi dezembro de 2024, com um valor de US$ 468 milhões.