
A HBR Realty (HBRE3), do setor de empreendimentos imobiliários, anunciou na noite da véspera (11) a venda de 91% – ou 10 dos 11 andares – do HBR Corporate Tower, localizado na Avenida Faria Lima, coração financeiro de São Paulo.
O negócio, avaliado em R$ 477,2 milhões, levou as ações da companhia a dispararem nesta sexta-feira (12): às 11h35, subiam 12,17%, cotadas a R$ 5,16.
O edifício possui 11,1 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL). O 11º andar seguirá com a HBR, que ocupa o espaço junto com a Helbor (HBOR3), do mesmo grupo.
Como a HBR detém 66,6% do ativo, deve receber cerca de R$ 318 milhões. A transação equivale a 67% do valor de mercado da companhia e 16,7% do seu enterprise value, considerando o endividamento de R$ 1,4 bilhão reportado no segundo trimestre de 2025.
O preço pago implica em R$ 42,2 mil por m². Do total, 65,4% será liquidado à vista na assinatura da escritura e 34,6% em duas parcelas anuais, corrigidas por IPCA + 2%.
Há ainda a possibilidade de um earn-out (pagamento adicional condicionado a metas) ser ativado até 120 dias após o fechamento.
O ativo integra o portfólio AAA da HBR e está entre os mais sofisticados da companhia. Segundo o Bradesco BBI, esta é a terceira venda de 2025, após os desinvestimentos do Hilton Garden Inn e da +BOX, que somaram R$ 54 milhões.
“Essas vendas devem ajudar a reforçar a estratégia da HBR de reciclar ativos de alto padrão, otimizar sua estrutura de capital e liberar valor significativo para as ações”, avaliou o banco.
O BBI mantém recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para HBRE3, com preço-alvo de R$ 10 por ação, o que representa potencial de alta de 117% frente o fechamento anterior.