Na máxima

Ibovespa fecha em alta com recorde de encerramento; dólar cai

Maior referência acionária do Brasil atingiu recorde histórico durante o dia, ultrapassando os 144 mil pontos. Índice acabou perdendo força, mas manteve recorde de fechamento

Ibovespa
Ibovespa (Foto: Canva)

O Ibovespa, maior referência acionária do Brasil, fechou a sessão desta segunda-feira (15) com recorde de fechamento com alta de 0,90%, aos 143.546,58 pontos. O dólar comercial recuou 0,61% e fechou cotado a R$ 5,321.

O dólar oscilou entre R$ 5,348 e R$ 5,321. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, fechou com queda de 0,32%, aos 97,305 pontos.

O Ibovespa chegou a bater seu recorde intradiário e alcançou os 144.194 pontos pela primeira vez por volta das 14h48 (horário de Brasília). Entretanto, em seguida, o índice perdeu força. Ainda assim, o patamar já é maior que o último fechamento recorde do índice, que encerrou aos 143.150,84 pontos, na última quinta-feira (11).

Em semana de “Superquarta” – momento em que o Brasil e os EUA definem a qual patamar irão os juros do país – o mercado observa possíveis sanções dos EUA ao Brasil, após a condenação de Bolsonaro e mais sete réus por trama golpista.

Segundo Gabriel Mollo, analista de investimentos da Corretora Daycoval, o recorde do mercado foi impulsionado pela expectativa de que o Fed (Federal Reserve) iniciará o ciclo de cortes nesta quarta-feira (17). “A nossa previsão é de um corte de 25 pontos-base, com três cortes para esse ano”, diz.

O analista ainda relata que espera um desempenho positivo no mercado nesta semana. “A elevada probabilidade de cortes na taxa de juros deve favorecer a continuidade da valorização e a consolidação de novos recordes”, afirmou.

Mas ele alerta para possíveis alterações no cenário geopolítico. “Se porventura a tensão geopolítica aumentar ou as retaliações forem maiores do que a expectativa do mercado, pode acabar ocasionando em uma queda”, completou.

Maiores altas e maiores quedas

O pregão da B3 fechou com o Magazine Luiza (MGLU3) liderando as maiores altas, com aumento de 7,31%, em seguida surge a Yduqs (YDUQ3) com avanço de 6,11%. A Cogna (COGN3) e a B3 (B3SA3) aparecem na sequência com crescimento de 4,11% e 3,47%, respectivamente.

Na ponta negativa, a RD Saúde (RADL3) encabeça a lista vermelha, com recuo de 4,26% no valor das suas ações. Logo atrás, a Minerva (BEEF3) aparece com queda de 2,56%. Banco do Brasil (BBAS3) e a Direcional Engenharia (DIRR3) fecham a lista com desvalorização de 2,20% e 2,06%, respectivamente.

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) avançaram 1,33% e 0,87%, respectivamente. A PetroRecôncavo (RECV3) teve alta de 1,16% e a Prio (PRIO3), no entanto, desvalorizou 0,45%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,86%, a Gerdau (GGBR4) registrou avanço de 2,33%, a Usiminas (USIM5) manteve-se estável e a CSN Mineração (CMIN3) fechou com leve queda de 0,20%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) fechou com alta de 1,66%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) registrou forte queda de 2,20%. Já o Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização de 1,19% e de 0,49%, respectivamente.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) anotou um forte avanço de 7,41% no valor das suas ações. A Lojas Renner (LREN3) fechou em alta de 2,33% e C&A (CEAB3) valorizou 1,02%. Porém, a Vivara (VIVA3) registrou uma leve queda de 0,10%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no verde. Os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,47% e 0,94%, respectivamente. E o índice Dow Jones também subiu, com alta de 0,11%.