Recorde atrás de recorde

Ibovespa fecha em alta recorde às vésperas da 'Super Quarta'; dólar cai

O mercado manteve-se atento às expectativas para as decisões de juros do Copom e do Fed, após recorde do índice no último pregão

Ibovespa
(Foto: Canva)

O Ibovespa, principal referência acionária brasileira, fechou a sessão desta terça-feira (16) com alta de 0,43%, aos 144.061,74 pontos. O lar americano cai 0,36%, cotado a R$ 5,298 e bate o menor valor desde 6 de junho do ano passado. A moeda norte-americana registra a quinta queda consecutiva.

O dólar oscilou entre R$ 5,30 e R$ 5,29 durante o dia. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda de 0,67%, aos 96,691 pontos.

O mercado financeiro apresentou animações na véspera de mais uma decisão de juros do Copom (Comitê de Política Monetária) e do Fed (Federal Reserve). No Brasil, os agentes preveem uma manutenção da Selic em 15%, já nos EUA, há uma expectativa por corte de juros. Este cenário oposto gera a entrada de recursos que fortalecem a bolsa brasileira e puxam o dólar para baixo.

Durante o dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, que indicou uma queda na taxa de desemprego no Brasil para 5,6% no segundo trimestre do ano. Essa foi a menor taxa de desemprego desde 2015.

No cenário norte-americano desta terça-feira (16) foi marcada pelo anúncio de novos dados econômicos no país, que vieram acima do esperado.

As vendas no varejo previam a expectativa de alta de 0,2%, no entanto o setor cresceu 0,6%. Já a produção industrial previa uma retração, mas apresentou uma alta de 0,2%.

No cenário político dos EUA, a indicação do assessor, Stephen Miran, do presidente americano, Donald Trump, foi aprovada no Senado e nomeado governador do Fed. Já a tentativa do governo de afastar Lisa Cook foi barrada pela Justiça.

Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3 Investimentos, sinalizou que “os Estados Unidos enfrentam um período de certa instabilidade, com o presidente Donald Trump defendendo redução dos juros, mas o Fed tem demonstrado cautela”, disse.

Ele ainda diz que o Brasil tem enfrentado desafios fiscais e inflacionários e que apesar de ter registrado uma deflação em agosto, a inflação permanece acima da meta.

Maiores altas e maiores quedas

O pregão da B3 fechou com a Marfrig (MRFG3) liderando as maiores altas, com aumento de 5,68% no valor das ações, na sequência aparece a BRF (BRFS3) com alta de 5,09%. As varejistas Renner (LREN3) e C&A (CEAB3) fecham a lista positiva com avanços de 4,44% e 3,66%.

Agora, a ponta negativa é encabeçada pela Hapvida (HAPV3), com recuo de 2,82% no valor das ações, na sequência surge a Natura (NATU3) com desvalorização de 2,01%. A lista se encerra com a Telefônica Brasil (VIVT3) e a SLC Agrícola (SLCE3) decaindo 1,42% e 0,93%.

Variações por setor

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) apresentaram contraste. Enquanto a ação ordinária (PETR3) recuou 0,18%, a ação preferencial (PETR4) subiu e 0,25%. A Prio (PRIO3) valorizou 1,32% e a PetroRecôncavo (RECV3) avançou 0,77%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,35%, a Gerdau (GGBR4) registrou avanço de 0,48%, a Usiminas (USIM5) teve um crescimento de 1,32% no valor das ações e a CSN Mineração (CMIN3) avançou 1,57%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4) recuaram 0,26% e 0,23%, respectivamente. Enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) seguiram com valorização de 0,55% e de 0,24%, respectivamente.

Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,51%, a Lojas Renner (LREN3) fechou com alta de 4,44%, a Vivara (VIVA3) aumentou 0,31% e a C&A (CEAB3) registrou avanço de 3,66%.

Índices dos EUA

As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no vermelho. Os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,13% e 0,07%, respectivamente. O índice Dow Jones apresentou um recuo de 0,27%.