
O mercado de criptoativos apresnta forte valorização, impulsionado pelas expectativas de que o Fed (Federal Reserve) reduza a taxa de juros em 25 pontos-base. A desaceleração da inflação nos EUA, com o PPI (Índice de Preços ao Produtor) de agosto em 2,8%, fortaleceu o cenário de política monetária mais flexível — e os criptoativos estão reagindo com otimismo.
Segundo Guilherme Prado, country manager da Bitget, a recente disparada dos criptoativos evidencia a resiliência do setor. Ele destaca que o Bitcoin ultrapassou os US$ 117 mil, o XRP superou os US$ 3,00, e o Dogecoin avançou mais de 5% em um curto intervalo de tempo.
O executivo também observa que o apetite institucional por cripto permanece elevado. “A convicção institucional permanece evidente: os ETFs de Bitcoin registraram entradas de US$ 757 milhões, e os ETFs de Ethereum também estão atraindo nova demanda”, disse. Para ele, esses fluxos reforçam o posicionamento dos criptoativos como um dos principais beneficiários de políticas monetárias mais flexíveis. “Isso consolida a maturação do mercado como classe de ativos”, completou.
Ele aponta que grande parte desse impulso vem justamente da expectativa de corte de juros. “Grande parte desse impulso decorre das expectativas de que o Federal Reserve promova um corte de 25 pontos-base, apoiado por dados de inflação em desaceleração, como o PPI de agosto em 2,8%”, explica.
ETFs de Bitcoin e Ethereum atraem bilhões com expectativa de corte
Prado também destaca o papel dos investidores institucionais no atual ciclo de valorização. “A convicção institucional permanece evidente: os ETFs de Bitcoin registraram entradas de US$ 757 milhões, e os ETFs de Ethereum também estão atraindo nova demanda. Esses fluxos reforçam o papel crescente do cripto como beneficiário direto de uma política monetária mais flexível, consolidando sua maturação como classe de ativos.”
Além dos fatores macroeconômicos, há avanços importantes no campo regulatório. Para o executivo, “ao mesmo tempo, começa a se desenhar um alinhamento regulatório. O anúncio iminente do Reino Unido sobre uma cooperação mais profunda com os EUA — com foco em stablecoins, padrões de AML e harmonização sob estruturas como o GENIUS Act e a Cryptoassets Order 2025 do Reino Unido — marca um ponto de inflexão”.
Essa coordenação, segundo ele, deve trazer efeitos positivos já no curto prazo: “No curto prazo, essa coordenação reduz a fragmentação e fortalece a confiança dos investidores, especialmente em stablecoins, que estão prontas para expandir seu papel como ponte entre as finanças tradicionais e os mercados digitais.”
Olhando para frente, Prado vê um cenário favorável à consolidação do setor. “No horizonte de longo prazo, esse avanço bilateral sinaliza o surgimento de um ecossistema mais conectado e em conformidade regulatória. Ao ampliar a liquidez, apoiar a inovação transfronteiriça e incentivar a adoção institucional, cria-se uma base para o crescimento sustentável da indústria e consolida-se o papel do cripto como um pilar central da economia digital global.”