O GPA (PCAR3) estaria debatendo acelerar o enxugamento de custos na empresa, apurou o Pipeline, do Valor Econômico. Atualmente, a empresa está debruçada sobre a recomposição do board e uma potencial capitalização.
De acordo com as informações apuradas, isso incluiria, ao menos, 250 demissões na estrutura corporativa. No plano que já estava em curso, foram demitidas 650 pessoas e a discussão no board é de chegar a algo entre 900 e mil funcionários desligados.
A empresa também passaria por uma redução relevante no Capex (Despesas de Capital, em inglês), para R$ 350 milhões. Também estariam articulando uma mudança no comando executivo da companhia após a eleição do conselho.
GPA (PCAR3) com capitalização de R$ 500 milhões no radar
Conselheiros, acionistas e potenciais investidores discutem uma capitalização privada de R$ 500 milhões no GPA (PCAR3), equivalente a cerca de 25% de seu valor de mercado, segundo o Pipeline, do Valor.
O anúncio da operação é esperado após a assembleia que definirá o novo conselho, no início de outubro. O aporte seria ancorado por um varejista ainda fora do capital do GPA, ao preço de R$ 4,50 por ação — um prêmio de 8% em relação ao último fechamento —, com direito a uma cadeira no board, substituindo Rafael Ferri.
De acordo com a publicação, a família Coelho Diniz não deve exercer direito de preferência. A prioridade seria reforçar o caixa da companhia, enquanto uma eventual venda da fatia do Casino ocorreria em momento posterior, em bloco ou a mercado.
O Pipeline também citou movimentações do atacadista Roldão, que teria comprado ações recentemente e atingido participação de 2,4% (não confirmada), além de interesse em integrar o conselho.
No radar do conselho estão medidas para acelerar cortes de despesas, reduzir o investimento em capital para R$ 350 milhões (ante R$ 650 milhões estimados para este ano) e promover mudanças na liderança após a eleição do novo colegiado.