
A área plantada com soja no Brasil em 2025/26, cujo cultivo está em fase inicial, foi estimada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em 49,08 milhões de hectares, aumento de 3,7% em relação ao ciclo anterior.
A produção pode alcançar novo recorde de 177,67 milhões de toneladas, alta de 3,6% na comparação anual, considerando produtividade estável frente a 2024/25.
Segundo a estatal, a demanda global segue em expansão, sustentada pelo avanço do esmagamento para alimentação animal e pela maior produção de biocombustíveis no Brasil e no exterior.
Mesmo com preços internos pressionados e custos mais altos, a Conab destacou que a soja “mantém elevada liquidez e retorno atrativo aos produtores”.
Avanço regional
Em Mato Grosso, principal estado produtor, a área deve crescer 3,1%, para 13,13 milhões de hectares. As maiores expansões estão previstas nas novas fronteiras agrícolas: Pará (+11,2%, a 1,4 milhão de hectares), Bahia (+9,4%, a 2,33 milhões), Tocantins (+7,4%, a 1,68 milhão) e Maranhão (+6%, a 1,5 milhão).
Milho
A área plantada de milho em 2025/26 deve alcançar 22,63 milhões de hectares (+3,5%). A expansão é sustentada pela maior demanda interna para etanol e pela expectativa de incremento das exportações, com redirecionamento de compras asiáticas do grão norte-americano para o sul-americano.
Ainda assim, a safra total deve recuar 1%, para 138,28 milhões de toneladas, devido a menor produtividade após o resultado excepcional de 2024/25, quando o clima foi amplamente favorável.
Grãos e oleaginosas
Somando soja, milho, algodão, arroz e outros produtos, a produção nacional deve atingir 353,76 milhões de toneladas em 2025/26, alta de 1% ante o ciclo anterior. A área plantada total foi projetada em 84,24 milhões de hectares (+3,1%).
Algodão e arroz
- Algodão: área estimada em 2,16 milhões de hectares (+3,5%), com produção projetada em recorde de 4,09 milhões de toneladas (+0,7%).
- Arroz: área deve cair 5,6%, para 1,66 milhão de hectares. A safra deve recuar 10,1%, a 11,46 milhões de toneladas, em meio a excedente global e desvalorização do grão.