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Venda de produtos de alumínio cresce 3% no primeiro semestre

Já as exportações foram de 93 mil toneladas, uma queda de 11%.

Fios de alumínio (Foto: HeungSoon/Pixabay)
Fios de alumínio (Foto: HeungSoon/Pixabay)

A venda de produtos de alumínio avançou 2,9% no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024, totalizando 1.040,9 mil toneladas. Os dados são da ABAL (Associação Brasileira do Alumínio).

As vendas internas foram de 947,9 mil toneladas, uma alta de 4,6% na mesma base comparativa. Já as exportações foram de 93 mil toneladas, uma queda de 11%. Informações via Agência Brasil.

“Os números confirmam a resiliência da indústria brasileira do alumínio, mesmo em um cenário global marcado por desafios como o tarifaço e a desaceleração da economia mundial. Ainda assim, é importante destacar que já observamos sinais de arrefecimento na demanda, o que reforça a necessidade de mantermos atenção redobrada ao contexto internacional e às políticas comerciais que impactam diretamente nossa competitividade”, afirmou a presidente-executiva da ABAL, Janaina Donas.

No mês de agosto, os EUA aliviaram parte das sanções a produtos brasileiros que levam alumínio, aço ou cobre na sua composição. A medida alcançou pouco mais de 6% das exportações que eram sobretaxadas e unificou essas tarifas para o mundo todo.

Entre os segmentos que mais cresceram no período, o destaque foi para o de eletricidade, com aumento de 18% nas vendas, principalmente pelo significativo aumento da demanda por cabos elétricos para transmissão e distribuição de energia; embalagens, com elevação de 7%; e transportes, com alta de 2,4% impulsionada pelas vendas de implementos para caminhões.

China usa soja como ‘moeda de troca’ em disputa com EUA

Pela primeira vez desde pelo menos a década de 1990, a China não comprou soja dos Estados Unidos no início da temporada de exportação. O movimento indica que Pequim voltou a usar a agricultura como instrumento de pressão em sua disputa comercial com Washington.

Como maior comprador global da commodity, a China exerce forte influência sobre os mercados internacionais. Agora, o país retoma a tática de restringir aquisições dos EUA — utilizada durante a primeira guerra comercial do ex-presidente Donald Trump — em meio a uma trégua frágil entre as duas potências.

Dados do Departamento de Agricultura dos EUA mostram que, até 11 de setembro, a China não havia reservado nenhuma carga da oleaginosa, quase duas semanas após o início da nova temporada — um fato inédito em registros que remontam a 1999, segundo a Bloomberg.