O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou uma carta a Donald Trump em meio à crescente tensão entre os dois países. Parte do conteúdo foi divulgada pela agência Reuters neste sábado (20).
Datada de 6 de setembro, a carta surge quatro dias após o primeiro ataque dos EUA a uma embarcação suspeita de transportar drogas no Caribe.
Maduro nega as acusações de que a Venezuela seria um ponto-chave no tráfico de drogas, afirmando que apenas cerca de 5% das drogas produzidas na Colômbia passariam pelo país e que 70% delas seriam apreendidas pelas autoridades venezuelanas.
Na correspondência, Maduro pede que ambos os governos busquem uma relação “franca e pacífica”, sugerindo que conversas ocorram por meio do diplomata Richard Grenell para superar ruídos midiáticos e fake news.
Nas últimas semanas, os EUA reforçaram presença militar no Mar do Caribe, oficialmente para combater o tráfico de drogas, mas analistas apontam que o real objetivo poderia ser pressionar Maduro.
O presidente americano também publicou mensagem exigindo que a Venezuela receba imediatamente prisioneiros ou pessoas de instituições mentais enviadas aos EUA, sob pena de “preço incalculável”.
A Venezuela tem respondido às tensões com exercícios militares na região caribenha.