A Alphabet, dona do Google, pretende evitar uma venda forçada de fatia de seu negócio de publicidade on-line em seu mais recente embate com os agentes antitruste dos EUA, em um julgamento que se inicia nesta segunda-feira (22) em Alexandria, Virgínia.
O julgamento é a próxima melhor chance do governo de frear o que um juiz já decidiu ser o poder de monopólio do Google, após perder uma tentativa separada de forçar o Google a vender seu navegador Chrome no início deste mês.
Editores e desenvolvedores de tecnologia de publicidade, que também já processaram o Google por danos separadamente, estarão de olho no caso.
O Departamento de Justiça dos EUA e uma coalizão de Estados americanos buscam forçar o Google a vender sua bolsa de anúncios, a AdX, onde publicitários pagam ao Google uma taxa de 20% para vender anúncios em leilões que ocorrem instantaneamente quando os usuários carregam os sites. O governo também exige que o Google torne de código aberto o mecanismo que decide o vencedor desses leilões.
A juíza que presidirá o julgamento, Leonie Brinkema, decidiu em abril que o Google detém monopólios ilegais em tecnologia de publicidade na web. Após o julgamento, ela decidirá quais medidas serão impostas à empresa.
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Os casos contra o Google fazem parte de uma repressão bipartidária maior dos EUA contra as grandes empresas de tecnologia, que iniciou no primeiro mandato do presidente Donald Trump e ainda inclui casos pendentes contra a Meta, Amazon e Apple.
Alphabet, dona do Google, bate os US$ 3 tri de valor de mercado
A Alphabet, controladora do Google, entrou na seleta lista de empresas avaliadas em mais de US$ 3 trilhões nesta segunda-feira (15). As ações da companhia subiram até 4,3% no dia e atingiram US$ 251,22 o papel. Desde abril, o valor das ações disparou mais de 70% no período e captando cerca de US$ 1,2 trilhão em valor de mercado.
A Alphabet Inc. se junta a uma restrita lista de empresas que têm avaliação de mercado acima dos US$ 3 trilhões. Somente a Nvidia Corp., Microsoft Corp. e Apple Inc. possuem valor de mercado nesse nível.
A recente alta das ações foi movida por conta de uma decisão antitruste (leis que visam promover a concorrência e evitar o monopólio) muito aguardada, impedindo que a companhia fosse afetada por medidas severas buscadas pelos reguladores, incluindo a venda do navegador Chrome da Alphabet.
Essa decisão aconteceu logo após a divulgação dos resultados trimestrais da Alphabet que revelaram que a procura por produtos de inteligência artificial está impulsionando as vendas.
