As petroleiras com atuação no Brasil devem investir cerca de R$17 bilhões de campos terrestres de óleo e gás cujos contratos originados na Rodada Zero foram prorrogados, disse a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) nesta terça-feira (23)
Foram prorrogados 139 contratos, ao todo, e seus novos planos de desenvolvimento foram aprovados pela autarquia em agosto, disse a Reuters, via Investing.com. Os novos investimentos são destinados a elevar os fatores de recuperação dos campos e assegurar a continuidade sustentável da produção.
“Tratam-se de contratos que se encerrariam em 2025 e cujas prorrogações foram solicitadas pelas operadoras dos campos”, disse a agência.
Mesmo com os investimentos projetados, a produção de petróleo no mar é mais volumosa, concentrando a maior parte dos aportes no setor. “Com a medida, estão previstos investimentos recordes no setor, bem como aumento na produção desses campos, trazendo segurança energética, empregos e arrecadação para o país.”
A ANP prevê cerca de 600 milhões de barris de petróleo adicionais e de aproximadamente 72 bilhões de metros cúbicos de gás com a prorrogação.
A Rodada Zero ocorreu em 1998 como resultado da quebra do monopólio da Petrobras no setor de petróleo e gás natural, a partir da Lei do Petróleo. Com ela, houve a ratificação dos direitos da Petrobras sobre os campos em que já produzia e, desde então, outras petroleiras passaram a poder deter contratos para explorar campos no país.
A partir da prorrogação, estão previstas a perfuração e completação de 2.115 novos poços, além do recondicionamento de 5.546 poços já existentes e a intervenção em outros 1.039 poços já perfurados.
A ANP destacou também que os novos planos de desenvolvimento preveem um aumento dos fatores de recuperação de 22,56% para 26,34%, para o petróleo, e de 40,06% para 65,33% para o gás natural.
Brasil investe R$ 200 mi em laboratório para minerais críticos e petróleo
O SGB (Serviço Geológico do Brasil) e a Petrobras lançaram nesta sexta-feira (19) os processos licitatórios para a criação do Centro Científico e Cultural da Urca, no Rio de Janeiro (RJ). O projeto contará com aporte de, aproximadamente, R$ 200 milhões, destinados à construção de um centro de pesquisas com foco em minerais críticos e petróleo.
De acordo com a CNN, esse é um dos maiores investimentos em infraestrutura laboratorial em geociências dos últimos 30 anos.
O objetivo com o novo laboratório, que ainda será construído, é impulsionar pesquisas em diversas áreas das geociências, incluindo minerais críticos e petróleo, além de oferecer espaço para armazenar e preservar amostras de rochas e fluidos das bacias petrolíferas.