O BB Investimentos divulgou nesta quinta-feira (25) um relatório com novas projeções para as ações da Vale (VALE3). A instituição financeira decidiu elevar o preço-alvo das ações da mineradora de R$ 65,00 para R$ 68,00 e manter a recomendação para compra dos ativos.
De acordo com o documento, via Suno Notícias, a atualização incorpora os resultados do primeiro semestre de 2025 da Vale, as estimativas mais recentes da mineradora e premissas setoriais e macroeconômicas atuais.
O relatório do BB também destacou pontos apresentados pela companhia no evento Analyst & Investor Tour 2025, realizado no início de setembro, e em mesa redonda com o CFO Marcelo Bacci, além de avanços na estratégia de portfólio da companhia.
Para aumentar o preço-alvo das ações, o BB-BI considerou que a vale mostrou uma importante evolução operacional no início de 2025, que foi apoiada por um ritmo sólido de produção e redução de custos em todos os produtos. O banco falou ainda que essa eficiência permitiu manter margens operacionais mesmo diante de preços médios mais baixos.
O relatório da instituição financeira também pontuou que a mineradora continua avançando em seu plano de investimentos dentro do cronograma e tem mantido disciplina financeira. “A companhia reduziu sua estimativa de capex para 2025, antes de US$ 5,9 bilhões, para US$ 5,4-5,7 bilhões, como reflexo da otimização dos projetos investimentos”, destacou o BB-BI.
Um outro fator ressaltado foi a perspectiva positiva para o minério de ferro no segundo semestre deste ano, aliada à nova estratégia de portfólio da Vale. Entre as inovações, estão o lançamento de produtos como o Carajás Teor Médio e o Pellet Feed China, voltados para diferentes necessidades de indústria siderúrgica global.
O relatório ressaltou outros pontos que sustentam a tese de investimento da mineradora, como a demanda crescente por metais básicos, avanços de governança e ESG, geração de caixa robusta e possibilidade de retorno via dividendos.
Sobre riscos, o BB alertou que são relacionados à atividade industrial global, desaceleração econômica da China, queda nos preços internacionais de minédio e ventuais custos adicionais de produção, que podem afetar negativamente as ações.