O Ibovespa fechou a sessão desta quinta-feira (25) com uma queda de 0,81%, aos 145.306 pontos. Os dados do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), a prévia da inflação oficial, que anotou uma elevação de 0,48% em setembro, junto ao crescimento da economia dos EUA (avanço de 3,8% na taxa anualizada) impactaram diretamente no principal índice acionário brasileiro.
“Apesar [da prévia oficial da inflação] ter ficado abaixo da expectativa, a leitura trouxe uma aceleração em relação ao mês anterior e reforçou a percepção de pressões persistentes contra a própria inflação”, disse Nicolas Gass, head de alocação de investimentos e sócio da GT Capital.
No cenário internacional, os números da economia americana apresentaram uma surpresa nos investidores, o PIB do segundo trimestre anotou uma elevação de 3,8% na taxa anualizada. A Casa Branca esperava um crescimento de 3,3%. Os dados podem dificultar um futuro corte de juros por parte do Fed (Federal Reserve)
“Os dados que saíram hoje indicam que a economia [americana] está de fato bem acelerada e poderia frear algum dos dois cortes que a gente tem como senso comum nas próximas reuniões do Fed”, afirmou Nicolas. “É um dado que acabou sendo visto de uma maneira um pouco mais negativa porque acaba retardando o processo de corte monetário”, continuou.
No cenário político brasileiro, a pesquisa Pulso Brasil/Ipespe mostrou que a aprovação do governo Lula (PT) alcançou os 50%, saindo do saldo negativo. A taxa de desaprovação do governo ficou em 48%. Levantamento ouviu 2.500 pessoas em todo o Brasil entre os dias 19 e 22 de setembro; margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Em relação ao câmbio, o dólar comercial avançou 0,69%, cotado a R$ 5,363. A moeda americana oscilou durante o dia entre R$ 5,323 e R$ 5,363. O gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também anotou uma alta de 0,66%, aos 98,483 pontos.
Maiores altas e maiores quedas
O pregão da B3 fechou com a Natura (NATU3) liderando as maiores altas, com aumento de 2,23% no valor das ações. O Magazine Luiza (MGLU3) aparece na segunda posição com um avanço de 1,01%. A Ambev (ABEV3) e a Suzano (SUZB3) anotaram um crescimento de 0,73% e 0,68%, respectivamente.
Já na ponta negativa, a Raízen (RAIZ4) encabeça a lista vermelha, com recuo de 6,36% no valor das ações. A Cosan (CSAN3) segue a empresa, com queda de 6,27%. A varejista Assaí (ASAI3) e a construtora MRV&Co (MRVE3) fecham a lista com declínios de 5,37% e 5,33%, respectivamente.
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) recuaram 1,76% e 0,80%, respectivamente. A PetroRio (PRIO3) valorizou 0,62%, enquanto a PetroRecôncavo (RECV3) recuou 0,61%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,55%, a Gerdau (GGBR4) caiu 0,12%, a Usiminas (USIM5) desvalorizou 0,67% e a CSN (CMIN3) se manteve estável no pregão.
O setor bancário encerrou o dia no vermelho. O Itaú Unibanco (ITUB4) fechou com queda de 0,80% e o Banco do Brasil (BBAS3) registrou um recuo de 1,45%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização de 0,79% e de 1,07%, respectivamente.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) avançou 1,29%, a Lojas Renner (LREN3) fechou com queda de 1,38%, a Vivara (VIVA3) caiu 1,08% e a C&A (CEAB3) registrou um forte declínio de 2,86%.
Índices dos EUA
As principais bolsas de Wall Street terminaram o dia no vermelho. Os índices S&P 500 e Nasdaq caíram igualmente 0,50%, e o índice Dow Jones recuou 0,38%.