O BTG Pactual (BPAC11) divulgou recentemente um relatório em que aponta para um cenário “relativamente benigno” da inflação em 2026, sustentado por uma acomodação adicional dos serviços. Segundo o banco, esse contexto é compatível com um pouso suave da atividade econômica, desde que os riscos fiscais permaneçam sob controle e o câmbio siga relativamente estável.
A instituição manteve suas projeções de inflação em 4,8% para 2025 e reduziu de 4,3% para 4,2% a estimativa de 2026. O ajuste foi favorecido por reduções em preços administrados, como a queda do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) no Paraná, segundo o MoneyTimes.
O banco destacou, no entanto, que a dinâmica inflacionária piorou em agosto, com queda de -0,14% no IPCA-15 (prévia da inflação) e de -0,11% no IPCA cheio. Apesar do alívio nos itens comercializáveis, como bens industriais e alimentação no domicílio, a inflação de serviços voltou a acelerar, interrompendo a trajetória favorável observada nos meses anteriores, de acordo com o analista Bruno Balassiano.
BTG e Perfin vão ancorar investimento bilionário na Cosan (CSAN3)
A Cosan (CSAN3) anunciou, em fato relevante publicado na noite de domingo (21), a celebração de um acordo de investimento, bem como a estruturação de OPAs (ofertas públicas primárias de ações) com o BTG Pactual (BPAC11) e a Perfin.
O objetivo da companhia com as OPAs é levantar recursos para reestruturar suas dívidas financeiras, “de forma a efetivamente reduzir a sua alavancagem”, segundo o documento.
Serão realizadas duas operações, sendo a primeira apoiada pelos chamados “investidores âncora”.
Essa primeira OPA deve gerar a distribuição de 1,45 bilhão de ações ordinárias, montante que pode aumentar em até 25% (362,5 milhões de ações) com a possibilidade de lote adicional. Contudo, nessa etapa não haverá concessão de direito de prioridade aos acionistas da Cosan.
O BTG e a Perfin firmaram acordo para integralizar as ações da primeira oferta pública, ou seja, assegurar a totalidade da operação.