A taxa de desemprego no Brasil manteve-se em 5,6% no trimestre móvel encerrado em agosto, repetindo o menor patamar desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2012, informou o IBGE nesta terça-feira (30).
O resultado veio dentro do esperado pelo mercado, que previa 5,6%.
Apesar de estacionada, a desocupação caiu 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,2%) e 1 ponto percentual frente ao mesmo período de 2024 (6,6%).
Ainda assim, 6,1 milhões de brasileiros seguem desempregados, o menor contingente da série histórica, com queda de 9% ante o trimestre até maio e de 14,6% em relação a 2024.
O número de ocupados atingiu 102,4 milhões, alta de 1,8% em um ano, mantendo o nível de ocupação em 58,1%, o maior da série histórica.
Os empregados com carteira assinada também bateram recorde, somando 39,1 milhões, alta de 3,3% no ano, enquanto os sem carteira no setor privado caíram 3,3%, para 13,5 milhões.
O mercado de trabalho aquecido tem alterado o perfil das contratações, com maior oferta de benefícios aos trabalhadores, como explica o analista William Kratochwill.
“Com menor disponibilidade relativa de mão de obra, as contratações ocorrem com mais benefícios”, disse.
Entre os trabalhadores domésticos, o contingente caiu 3,3% ante o trimestre anterior e 3,4% em um ano, refletindo migração para outras ocupações com melhores condições e rendimentos.
O rendimento médio real do trabalhador ficou em R$ 3.488, estável ante maio e 3,3% superior a agosto de 2024.
A massa de rendimento real habitual atingiu R$ 352,6 bilhões, alta de 1,4% em relação ao trimestre anterior e de 5,4% ante 2024. A informalidade recuou levemente em relação ao trimestre anterior, permanecendo em torno de 38% da população ocupada.