Nova potência

União Europeia aprova compra da Versace pela Prada

A compra foi anunciada em abril a aquisição por US$ 1,4 bilhão ao grupo Capri Holdings.

Fachada da Versace (Foto: reprodução/Etiqueta Única)
Fachada da Versace (Foto: reprodução/Etiqueta Única)

A União Europeia aprovou nesta terça-feira (30) a compra da Versace pela Prada; bloco considera que a operação não tem problemas no que tange a concorrência. A compra foi anunciada em abril a aquisição por US$ 1,4 bilhão ao grupo Capri Holdings, disse o g1.

A união das grifes italianas dará origem a um novo grupo de luxo com faturamento superior a US$ 7 bilhões (aproximadamente R$ 37,4 bilhões na cotação atual), capaz de competir com gigantes do setor, como LVMH e Kering.

A Versace foi fundada em 1978 por Gianni Versace e se tornou famosa pela atuação da sua irmã, Donatella Versace, que deixou o cargo de diretora de criação da empresa em março de 2025.

A Versace foi vendida em 2018 para o grupo controlador Capri Holdings, que também é responsável por outras marcas de luxo, como Michael Kors e Jimmy Choo. À época, a Capri pagou US$ 2 bilhões pela Versace, mais do que irá receber pela venda para a Prada.

A Prada espera concluir a compra da Versace até o fim de 2025. Empresa também é dona da marca Miu Miu, destinada a um público mais jovem.

Novo player de peso

A compra da Versace pela Prada fortalece a Itália no cenário de artigos de luxo, atualmente dominado pelos EUA e pela francesa LVMH, dona da Louis Vuitton e Dior.

A Itália carece de um grupo comparável às empresas do mesmo segmento de outros países, mesmo representando 50% a 55% da produção global de bens de luxo pessoais, disse a reportagem do g1.

A Prada tem capitalização de mercado de cerca de € 14 bilhões, o que o torna o maior grupo italizano de moda de luxo em receita. Contudo, comparando com a concorrente LVMH, que tem um mercado estimado em US$ 259 bilhões, o valor se torna bem menos relevante.

A longo prazo, os olhos se voltam para empresas como Armani e Dolce & Gabbana, sediadas em Milão, entre as poucas no país que ainda são totalmente familiares e não listadas em bolsa.

Segundo o testamento deixado por Giorgio Armani, que faleceu neste mês, aos 91 anos, a a fundação que herdará a Giorgio Armani SpA terá de vender 15% da empresa para outros grupos — incluindo LVMH, EssilorLuxottica e L’Oreal.