
O Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ) reabriu as portas no fim da tarde desta terça-feira (30) após passar mais de 12h fechado devido a um vazamento de óleo na pista principal. Situação gerou um prejuízo de mais de R$ 24 milhões.
Durante o período da interdição, 162 voos foram cancelados, impactando cerca de 16 mil passageiros. Além disso, foram desviados 14 voos para o Aeroporto Internacional do Galeão, gerando longas filas para os viajantes.
Francisco Conejero, professor de economia do transporte aéreo na Escola Superior do Ar, em entrevista ao Times Brasil, explicou que: “Cada voo cancelado representa uma perda de receita de passagens e taxas aeroportuárias, estimada entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. Com 160 voos afetados, o prejuízo total pode ultrapassar dezenas de milhões de reais, considerando também custos adicionais e impactos logísticos”.
O economista ressaltou ainda os efeitos colaterais da paralisação. “O impacto vai muito além dos voos cancelados. As companhias aéreas precisam lidar com combustível extra, realocação de pessoal, adaptação das equipes de handling e logística nos aeroportos alternativos, sem contar o transtorno para passageiros e empresas que dependem da ponte aérea para compromissos de negócios. Isso demonstra como uma falha aparentemente pequena pode gerar uma cadeia de problemas econômicos e operacionais muito significativa”.
Para Conejero, existe um problema básico na gestão de recursos. Segundo ele, a Infraero precisa garantir processos de prevenção mais robustos e treinamentos para evitar falhas que possam resultar em prejuízos financeiros e problemas para os passageiros.
Por fim, Conejero infatizou a imporância da aviação para a economia nacional. “Além do prejuízo direto com voos e taxas, existe um impacto econômico mais amplo. O eixo Rio–São Paulo é vital para negócios, turismo e transporte de cargas, então cada interrupção gera efeitos em hotéis, restaurantes, logística de cargas e transporte urbano”.
O que aconteceu?
O incidente de óleo na pista do Aeroporto Santos Dumont foi causado por um veículo de manutenção da Infraero durante uma inspeção preventiva.
Após mais de 12 horas fechado, a limpeza da pista principal foi feita com desengraxante biodegradável e a retomada das operações só foi possível após inspeções técnicas e a completa remoção do resíduo.
A Infraero também disse que estenderá, excepcionalmente, o horário de operação do aeroporto para auxiliar na regularização dos voos. O horário regular do aeroporto Santos Dumont é de 6h até as 23h.