Novo revés

Fed: suprema Corte dos EUA decide que Lisa Cook pode permanecer no cargo

A fase de sustentações orais dos advogados está marcada para janeiro

Direitos de autor AP Photo/Manuel Balce Ceneta, File
Direitos de autor AP Photo/Manuel Balce Ceneta, File

A Suprema Corte dos EUA decidiu nesta quarta-feira (1) que Lisa Cook poderá permanecer como diretora do Fed (Federal Reserve) enquanto aguarda o julgamento de sua ação contra o presidente Donald Trump.

A fase de sustentações orais dos advogados está marcada para janeiro.

A decisão é considerada um revés para Trump, que tenta desde o início do ano demitir Cook do Conselho de Governadores do Fed, mas não obteve aval nos tribunais federais.

O processo teve origem em uma denúncia de Bill Pulte, diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional, que acusou Cook de fraude ao declarar mais de um imóvel como residência principal em pedidos de hipoteca.

A governadora possui propriedades em Michigan, Geórgia e Massachusetts.

Com base nessas acusações, Trump anunciou a demissão de Cook. Ela, no entanto, acionou a Justiça, alegando que a decisão foi ilegal.

Trump volta à Justiça para demitir Lisa Cook

A Casa Branca reforçou no domingo (14) sua tentativa de demitir a diretora do Fed (Federal Reserve), Lisa Cook, ao apresentar um documento ao Tribunal de Apelações do Circuito de Washington.

No texto, o governo argumenta que a decisão do presidente Donald Trump, do Partido Republicano, de retirá-la do cargo é “por justa causa”.

O documento busca reverter a decisão anterior que havia impedido a demissão de Cook, apontando que a Constituição e a legislação vigente conferem ao presidente autoridade para nomear e remover diretores do Fed.

A Casa Branca sustenta ainda que a diretora não cumpriu determinados critérios de desempenho e que sua saída é necessária para a condução adequada da política monetária.

Lisa Cook, por sua vez, contesta a demissão e mantém uma ação judicial alegando que sua remoção não tem base legal e que seria uma interferência indevida na independência do Fed.

Especialistas em direito constitucional acompanham de perto o caso, que pode ter impacto significativo sobre a autonomia do banco central americano.

A disputa jurídica segue no Tribunal de Apelações, e não há previsão de decisão imediata.