Impasse na gestão

EUA tenta encerrar ‘shutdown’ com votação sem sucesso

O motivo continua sendo a falta de acordo entre democratas e republicanos no Senado

Foto: Freepik
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O governo dos EUA entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º), e uma primeira tentativa de votação para encerrar o shutdown fracassou poucas horas depois. O motivo continua sendo a falta de acordo entre democratas e republicanos no Senado.

Os democratas mantêm a exigência de que o novo orçamento inclua recursos para a Lei de Assistência Médica Acessível (ACA, na sigla em inglês), política pública que amplia o acesso à saúde.

Os republicanos, por sua vez, alinhados ao governo Trump, rejeitam essa proposta, principalmente por alegarem que ela beneficiaria imigrantes sem documentação legal no país.

Em meio às negociações, o presidente Donald Trump divulgou um vídeo produzido com inteligência artificial em que ironiza a posição dos democratas.

Segundo o chefe de estado norte-americano, o objetivo da oposição seria usar recursos públicos para financiar assistência médica para imigrantes ilegais.

Com o impasse mantido, a paralisação do governo continua, afetando o funcionamento de agências federais e serviços públicos em diversas áreas.

Democratas criticam postura de Trump em meio à nova paralisação

Em nota conjunta, os líderes do Partido Democrata, o senador Chuck Schumer e o deputado Hakeem Jeffries, declararam que “o comportamento do presidente Trump está se tornando mais errático e descontrolado.”

“Em vez de negociar de boa-fé um acordo bipartidário, ele está obcecado em postar vídeos deepfake insanos”, completaram.

Este é o terceiro shutdown enfrentado pelo presidente Trump em seus dois mandatos na Casa Branca. O último, ocorrido no fim de 2018, paralisou o governo por 35 dias.

Estima-se que cerca de 750 mil servidores públicos federais serão afastados de seus cargos sem remuneração, em função da paralisação.

Além disso, aproximadamente 154 mil trabalhadores optaram por deixar seus postos de forma voluntária, atendendo a um programa de desligamento incentivado pelo governo Trump. O movimento gerou alertas sobre uma possível “fuga de cérebros” na administração pública.