Queda de 67,76% no mês

Ambipar: ações caem mais de 60% e atingem mínima histórica

Na semana passada, a empresa entrou com um pedido de cautelar contra cobranças por parte de seus credores, conhecido por anteceder a recuperação judicial

Ambipar
Foto: Ambipar / Divulgação

As ações da Ambipar fecharam em queda de 61,48% nesta quinta-feira (2), cotadas a R$ 2,75, a mínima histórica nominal. O papel acumula queda de 78,85% no ano e recuo de 67,76% no mês.

As negociações movimentam R$ 64,7 milhões, mais do que o giro completo de quarta-feira (1º), de R$ 35,7 milhões.

De acordo com apurações do jornal Valor Econômico, um fundo de recebíveis – que está parte do caixa, segundo a empresa – teve perdas na rentabilidade de suas cotas, aumentou provisões contra calotes, aprovou a captação de R$ 1,2 bilhão e mudou de nome duas vezes.

Em assembleia de cotistas realizada no dia 23 de setembro, o Fênix Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados teve sua denominação alterada para América do Norte Fundo de Investimento em Direitos Creditórios não Padronizados.

Segundo os documentos disponibilizados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no outro dia, o fundo voltou a ser chamado de Fênix.

O fundo é um dos principais pontos críticos da crise da companhia de soluções ambientais, que chamou a atenção no segundo trimestre.

Em balanços anteriores, a Ambipar indicava aplicação de longo prazo em FIP (fundos de investimento em participações), porém, no terceiro trimestre, acrescentou uma linha de aplicações financeiras no montante de R$ 2,07 bilhões, identificada no rodapé como “Fundo de Investimento em Direitos Creditórios com liquidez entre 30 a 60 dias”.

Na semana passada, a empresa entrou com um pedido de cautelar contra cobranças por parte de seus credores, conhecido por anteceder a recuperação judicial. Em seguida, a empresa contratou o BR Partners, banco de investimento, para ser assessorar financeiramente a empresa, ainda segundo apurações do jornal Valor Econômico.