Um novo tipo de corrida

Bilionários da tecnologia e seus superiates de luxo

Nos últimos anos, esses gigantes do setor tech passaram a disputar uma nova corrida

Bilionários da tecnologia e seus superiates de luxo

Do Vale do Silício para o Atlântico, os grandes nomes da tecnologia estão deixando seus data centers para trás e navegando em direção ao luxo absoluto. Para esses bilionários, os superiates se tornaram mais do que embarcações — são símbolos de status, inovação e, em muitos casos, uma extensão de seus próprios legados no mundo digital.

Nos últimos anos, esses gigantes do setor tech passaram a disputar uma nova corrida. Desta vez, o objetivo não é lançar o próximo aplicativo revolucionário ou criar a IA mais avançada, mas sim construir a embarcação mais luxuosa, tecnológica e visionária já vista. Cada projeto é único, com propósitos que vão desde conforto extremo até pesquisas sustentáveis em alto-mar.

Além do alto investimento, o que diferencia essas embarcações é a personalidade impressa em cada detalhe. Enquanto alguns optam por design futurista, outros apostam em tradições náuticas centenárias.

Há quem priorize tecnologia limpa, como também há quem invista em espaço para receber convidados em escala quase presidencial. A seguir, conheça os superiates que estão redefinindo o que significa “dominar os mares”.

Larry Ellison — Musashi de R$ 1 bilhão

Fundador da Oracle, Larry Ellison não esconde sua paixão por esportes náuticos — e isso fica claro em seu superiate Musashi. Nomeado em homenagem ao lendário samurai japonês Miyamoto Musashi, o iate traduz a filosofia de combate e disciplina do executivo.

Com um valor estimado em US$ 200 milhões, ou cerca de R$ 1,068 bilhão, a embarcação reflete sua abordagem estratégica, marcada por sofisticação e desempenho em alto-mar.

Mark Zuckerberg — Launchpad de R$ 2 bilhões

Para Mark Zuckerberg, o mar é apenas mais um lugar onde as conexões humanas devem prosperar. Seu superiate, chamado Launchpad, traduz esse espírito ao acomodar até 26 convidados e 50 tripulantes, permitindo eventos grandiosos em alto-mar.

Avaliado em US$ 400 milhões — o equivalente a R$ 2,136 bilhões — o iate combina conforto, tecnologia e hospitalidade, com um projeto pensado para receber e impressionar.

Não é apenas sobre ostentação — há uma ideia clara de transformar o iate em um espaço de encontro, trocas e experiências compartilhadas. Para o criador do Facebook, a privacidade também é um luxo, e o Launchpad oferece isso com elegância e controle absoluto.

Bill Gates — Breakthrough de R$ 3,6 bilhões

Bill Gates optou por um caminho diferente: em vez de investir apenas em luxo, ele fez do seu iate uma declaração de inovação ecológica. O Breakthrough é movido por células de hidrogênio líquido, o que permite navegar por longas distâncias sem emitir gases poluentes.

Avaliado em US$ 675 milhões, o equivalente a impressionantes R$ 3,603 bilhões, é um dos primeiros superiates sustentáveis em sua categoria — e também um dos mais caros.

Mais do que um símbolo de riqueza, o Breakthrough reforça o compromisso de Gates com o meio ambiente. Seu design elegante traduz uma visão de futuro em que conforto, inovação e responsabilidade ambiental coexistem em alto-mar.

Jeff Bezos — Koru de R$ 2,6 bilhões

Jeff Bezos, fundador da Amazon, escolheu um caminho quase poético ao investir em um super veleiro: o Koru. Inspirado em valores de renovação e equilíbrio, o nome vem da cultura maori e combina perfeitamente com a proposta do projeto.

Avaliado em US$ 500 milhões — cerca de R$ 2,670 bilhões — o iate foge da imagem agressiva de potentes motores e aposta em velas imponentes, unindo tradição e engenharia de ponta.

O Koru é mais silencioso, mais elegante e, de certo modo, mais simbólico. Navegar com o vento, em vez de dominá-lo com máquinas, é um gesto que comunica poder com sofisticação. A embarcação ainda conta com um iate de apoio, ampliando sua estrutura sem perder o charme clássico da navegação à vela.

Sergey Brin — Dragonfly R$ 2,4 bilhões

Temos o superiate mais funcional da lista: Dragonfly, pertencente a Sergey Brin, cofundador do Google. Projetado para expedições globais, o iate foi pensado para longos períodos de navegação autônoma e conta até com centro médico a bordo. O investimento? US$ 450 milhões, ou aproximadamente R$ 2,403 bilhões.

Com estrutura robusta, autonomia estendida e tecnologia de ponta, o Dragonfly vai além da estética e do luxo. Ele representa a visão de Brin de que o oceano pode ser um novo território para pesquisa, inovação e, claro, exploração em grande escala.